O especial Sob Pressão - Plantão Covid comoveu espectadores na noite desta terça-feira (13) com seu segundo e último episódio. A produção fez uma homenagem a profissionais da saúde que atuaram na combate ao coronavírus, mostrando a realidade de um hospital de campanha.
O destaque dos capítulos inéditos foi o estado do protagonista Evandro (Julio Andrade), que foi infectado pela covid-19 e ficou entre a vida e a morte. Além disso, os espectadores se mostraram impactados com os diferentes casos narrados pelo roteiro, que tem redação final de Lucas Paraizo e supervisão do médico Márcio Maranhão.
Dada a importância da série, uma indicação ao Emmy Internacional seria mais do que justa. No ano passado, Marjorie Estiano foi indicada ao posto de melhor atriz por sua atuação na terceira temporada de Sob Pressão, mas o prêmio acabou ficando com a húngara Marina Gera, por seu trabalho em Orok Tel.
Abaixo, GZH elenca cenas marcantes destes dois episódios que justificam uma indicação da série à premiação:
Mulher no portão
A relação da equipe médica com os parentes diretos de infectados pela covid-19 foi bem retratada. No segundo episódio, os espectadores acompanharam a enfermeira Marisa (Roberta Rodrigues) conversando com a esposa de um infectado que não saiu do portão do hospital até ele receber alta, servindo como um elo entre família e o paciente. Essa sequência mostrou a importância social dos médicos.
Choro e sorriso de Carolina
No fim do primeiro episódio, o quadro de Evandro é grave e Carolina desabafa com Vera (Drica Moraes), que está isolada em casa. Pouco tempo após a ligação, o marido da personagem de Marjorie Estiano tem uma piora na respiração. Esgotada e sem esperanças, após sair do centro de tratamento, ela é obrigada a sorrir para a foto do crachá do hospital.
Cirurgia de Evandro
Não teve como respirar durante a cirurgia que Evandro precisou enfrentar na região do coração, no episódio desta semana. A própria Carolina assumiu o procedimento e teve uma miragem de Samuel (Stepan Nercessian), personagem que morreu na segunda temporada, como se ele estivesse abençoando aquele momento.
O último diálogo antes do coma
Momentos antes de entrar em coma, Evandro tem uma conversa forte com Carolina, que está muito emocionada.
— Se eu não voltar, promete que você vai continuar — pede Evandro.
Carolina insiste que ele ficará bem, mesmo sem ter certeza do que vem pela frente.
A conversa com o irmão da jovem morta
Um dos momentos mais fortes do segundo episódio foi a morte de Gilda (Luellem de Castro), que foi infectada por conta da negligência do irmão, que estava frequentando festas clandestinas. Ele sobreviveu, ela não.
Quando Carolina vai fazer o comunicado oficial, o jovem questiona como aquilo era possível e diz não entender quem era o culpado. A doutora foi bem direta:
—Fiz tudo para salvar sua irmã. Se alguém errou com ela, não foi eu.
Flashback de Evandro na ambulância
Ainda jovem, Evandro (interpretado pelo irmão de Julio Andrade, Ravel) foi o responsável por cuidar da mãe, que tinha um problema respiratório. Muito mal, ela precisou de atendimento urgente e, no caminho do hospital, Evandro acabou ajudando o médico a realizar um procedimento de emergência. Ali nascia sua missão de vida.
Falta de respiradores
No primeiro episódio, uma paciente precisava de um respirador. Carolina, então, saiu correndo do centro médico até a porta para buscar um equipamento no caminhão de entrega. O problema é que, ao abrir o caixote, ela descobre que se trata de um carrinho de anestesia - todo o pedido veio errado, em uma referência à corrupção e ao descaso com a área da saúde.
O caso de Augusto
O cuidado com pacientes foi bem exemplificado também no primeiro episódio com o caso do idoso Augusto (Marcos Caruso), que não queria ser atendido. Após ser salvo no quarto do asilo, ele piora e revela que é fã de Beethoven para Carolina. Ela consegue interagir com ele, depois de um longo período de coma, tocando um trecho de uma sinfonia em seu aparelho celular.