Prevista para ser lançada em março de 2020, Desalma foi um dos painéis da Arena Globoplay na Comic Con Experience 2019 (CCXP) em São Paulo, nesta sexta-feira (6), e contou com a presença da autora Ana Paula Maia, o diretor artístico Carlos Manga Junior e as atrizes Maria Ribeiro e Cláudia Abreu.
Ambientada em duas épocas, em 1988 e 2018, o thriller de terror vai apresentar pela primeira vez, em dez episódios, o subgênero "drama sobrenatural" no mercado brasileiro:
— Tem um drama humano, que envolve as pessoas. O sobrenatural aparece com uma necessidade de justificar o passado ou de não aceitar as nossas perdas. Essa não aceitação faz com que o sobrenatural venha à tona — contou Manga, que acredita no potencial da série para ampliar novas produções de gêneros de terror.
A narrativa tem como uma das protagonistas a veterana Cássia Kiss, que interpreta uma bruxa de linhagem chamada Haia Lachovicz. Apesar de não estar presente na CCXP, a artista foi bastante aclamada pelo público e elogiada pelas atrizes, em especial Maria Ribeiro, que disse que a colega "incorporou muito bem a personagem". De acordo com Maria, Haia é uma bruxa que traz bastante mistério e representatividade.
Ambientada na floresta São Francisco de Paula, na região da serra gaúcha, a história começa em 1988 quando um crime cidade fictícia chamada Brigida - inspirada em colônias ucranianas - é revelado durante a típica festa Ivana Kupala. Apesar do fato ter sido "solucionado", 30 anos depois, em 2018, alguns fatos começam a mostrar que nenhum tudo parece resolvido.
Com um pano de fundo cultural marcante, Maia fez questão de explicar o ritual ucraniano que faz a narrativa da série ser ainda mais real e impactante:
— Ivana Kupala tem todo um embasamento da mitologia eslava e é uma festa pagã que foi absolvida no calendário católico, mas ainda assim é uma festa de bruxas.
Na produção, as personagens Ignes (Claudia Abreu) e Giovana (Maria Ribeiro) são mulheres que precisam enfrentar o sobrenatural por conta de estranhos acontecimentos que ocorrem com os seus entes queridos. No caso de Ignes, seu filho Anatoli (João Pedro Azevedo) começa a ver espíritos, e Giovana lida com a morte do marido Roman Skavronski (Eduardo Borelli/Nikolas Antunes), que cometeu um suicídio.
Manga disse também que o drama sobrenatural vai cair no gosto dos fãs que gostam de maratonar:
— Os episódios são muito bem amarrados, essa nova geração que maratona série de streaming vai adorar — garantiu o diretor.