Foram mais de três meses de uma aridez sufocante, revelações nem sempre boas e cenas difíceis de digerir. Onde Nascem os Fortes, supersérie de George Moura e Sérgio Goldenberg, chega ao fim nesta segunda-feira (16). Entre mortos e feridos, poucos se salvaram nessa história densa. E, confesso, eu quase fiquei pelo caminho como telespectadora.
Não foi fácil permanecer presa a uma história que, por muitos capítulos, parecia andar em círculos. O ambiente claustrofóbico do sertão mais parecia uma casa do Big Brother Brasil, onde os personagens ficaram confinados durante exaustivas semanas. E, como no reality show, as emoções se intensificaram. Amor, ódio, vingança e crueldade se mostraram em suas formas mais profundas. Em vários momentos, faltou agilidade à trama, por outro lado, sobraram atuações impecáveis.
Palmas para eles
Valeu a pena parar diante da tela para acompanhar o talento incomparável de Alice Wegmann, uma jovem atriz promissora e competente. Patrícia Pillar é sempre um primor de se ver, assim como os incríveis Débora Bloch, Alexandre Nero, Jesuíta Barbosa, entre tantos outros. Vale ressaltar a surpreendente atuação de Fábio Assunção, assustador como Ramiro Curió. Para quem foi forte de chegar até o fim da trama, vale conferir o desfecho.