A cerimônia de despedida do comunicador Xicão Tofani ocorre ao longo deste sábado (6), na capela nove do Cemitério João XXIII, no bairro Medianeira, em Porto Alegre. O comunicador morreu nessa sexta-feira (5), aos 72 anos, de infarto.
Xicão sofria de uma doença autoimune, chamada Doença de Crohn, e havia se afastado do trabalho há cerca de dois meses para realizar um tratamento, que incluiu uma cirurgia, há 30 dias. Ele vinha se recuperando bem, em casa, descrevem familiares.
O velório foi marcado por histórias fascinantes a respeito de Xicão. Ele foi um dos pioneiros no Rio Grande do Sul na atividade que ficou conhecida como "missólogo": revelou mais de 1,2 mil modelos em seu programa Miss TV, exibido durante 10 anos pela TV Bandeirantes.
Tudo isso está contado em uma autobiografia lançada em 2018, chamada Xicão Tofani: Além da Noite. No ano passado, ele relatou sua luta contra a covid-19 na obra Da Morte para a Vida - A Odisseia de Xicão Tofani, recorda um sobrinho, Roberto Tofani Santana. Em 2020, o comunicador ficou 40 dias hospitalizado, por causa da doença.
O sepultamento de Xicão Tofani está previsto para ocorrer às 17h deste sábado (6).
Trajetória
Apreciador dos prazeres da vida e dos concursos de beleza, o próprio Xicão se destacou pela beleza desde os primeiros anos de vida. Aos quatro anos, foi eleita a criança mais bonita de Porto Alegre, em um concurso de uma marca de cosméticos. Nos anos 1980, foi considerado um dos três melhores modelos do Rio Grande do Sul. Foi também namorado de uma candidata a Miss Mundo.
Xicão era conhecido por algumas extravagâncias, como usar dois relógios de pulso ao mesmo tempo e óculos escuros, mesmo durante à noite. Formado em História e Jornalismo pela PUCRS, o comunicador começou a vida no rádio e foi promoter de casas noturnas. Trabalhou durante três décadas no Grupo Pampa, onde atuou como comentarista na televisão.