De sua Santos (SP) natal, “porto para o mundo”, como ele afirma, Sérgio Mamberti construiu uma carreira prolífica que inclui dezenas de espetáculos teatrais (“Encenei todas as peças de Shakespeare”, diz), telenovelas e filmes. Além de ator, dirigiu, produziu, escreveu e trabalhou no Ministério da Cultura por mais de uma década. No livro memorialístico Sérgio Mamberti, Senhor do Meu Tempo, um longo depoimento biográfico em primeira pessoa redigido pelo jornalista gaúcho Dirceu Alves Jr., ele lembra bastidores dessa trajetória que, sob certo aspecto, sintetiza as relações entre arte e política no Brasil dos últimos 60 anos. Alguns episódios Mamberti recorda na entrevista a seguir. Spoiler: há trechos saborosos envolvendo Porto Alegre, Plínio Marcos, José Serra, Brizola, Fernanda Montenegro e Patrícia Galvão, a Pagu, musa do modernismo e figura inescapável da cultura brasileira no século 20.
Com a Palavra
Sérgio Mamberti, ator que acaba de ganhar biografia: "Sou um militante que quer mudar o mundo por meio da cultura"
Aos 82 anos, um dos grandes intérpretes do país tem uma trajetória que, sob certo aspecto, sintetiza as relações entre arte e política no Brasil das últimas décadas
Daniel Feix
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