A restauração da Casa do Imigrante, símbolo da imigração alemã em São Leopoldo, no Vale dos Sinos, ainda não saiu do papel – e, por enquanto, não há uma perspectiva de futuro para a reforma. Três meses após o desabamento de parte da estrutura do prédio, as autoridades seguem em busca de recursos para reerguer o espaço, considerado ponto turístico da região e conhecido por abrigar os primeiros imigrantes da cidade, em 1824.
O assunto foi parar em Brasília nesta segunda-feira (17), em uma reunião entre representantes da prefeitura de São Leopoldo e da Secretaria Especial da Cultura, pasta vinculada ao Ministério da Cidadania. No encontro, foram discutidas possibilidades de financiamento junto ao BNDES e outros programas de apoio a bens históricos tombados.
Na próxima quarta-feira (19), está prevista uma visita em São Leopoldo do secretário de Infraestrutura Cultural do Ministério da Cidadania, Paulo Nakamura, que vai ver de perto a situação da casa e de outros locais considerados patrimônios históricos da cidade.
— Há um interesse muito grande por parte do governo federal justamente pela importância da imigração alemã no Brasil e também porque estaremos comemorando os 200 anos da chegada dos imigrantes aqui, em 2024 — disse o secretário municipal de Cultura e Relações Internacionais, Pedro Vasconcellos.
Segundo a prefeitura, ainda não há um levantamento exato de quanto custaria para reerguer o espaço.
A Casa do Imigrante foi transformada em museu em 1984 e tombada pelo patrimônio histórico em 1992. No local, os visitantes tinham acesso à exposições temáticas de móveis, utensílios e vestuário utilizados pelos imigrantes ao chegarem no Rio Grande do Sul. A visitação acabou suspensa em 2014, por conta de problemas no telhado.
Os graves problemas estruturais levaram ao desabamento de parte da estrutura em março de 2019, na chamada parte nova do prédio. Ninguém ficou ferido no incidente. Agora, a casa está cercada por tapumes e com escoras, para evitar maiores danos.