Choveu - e choveu muito - no segundo dia de Planeta Atlântida. Desde o primeiro show da noite, os planetários que foram à Saba, em Atlântida, neste sábado, tiveram que lidar com muita água. Mas quem resistiu foi recompensado com mais de 10 horas de muita música boa, do sertanejo romântico de Luan Santana ao rap gringo de Wiz Khalifa.
Aliás, não faltou hip hop no Palco Planeta. Tudo começou com Criolo, que promoveu uma espécie de culto religioso com seu rap misturado com samba, percussão e discurso político. Às 18h40min, ele subiu ao palco para ser a trilha sonora do por do sol e fez bonito. Cantou principalmente músicas de seus últimos dois discos, que foram cantadas por uma plateia já cheia, que cantou junto sucessos como Grajauex, Bogotá e Não Existe Amor em SP. O protesto político voltaria com tudo no show dO Rappa, três horas mais tarde. Falcão, vocalista da banda, incentivou a plateia a virar-se de costas para protestar contra a falta de "saúde, educação e segurança" no Brasil, citando os escândalos recentes envolvendo a Petrobras.
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Antes de Falcão e sua banda, subiram ao Palco Planeta os guris da ConeCrewDiretoria, que fizeram a festa ao som de seu rap agitado - e tiveram como companhia as também divertidíssimas Anitta e Flora Matos. Anitta, dona de alguns dos maiores hits recentes do Brasil, ficou sozinha no palco em determinado momento e fez todo mundo dançar com Bang!, Show das Poderosas e Blá, Blá, Blá.
Já com a noite escura, a chuva resolveu bater forte. Durante o show de Lulu Santos, a água começou a cair pesada, o que chegou a seu ápice durante a apresentação de Luan Santana. Nada que tenha feito alguém arredar pé, mas os planetários saíram molhados da Saba. Em seu show, o carioca, um dos maiores hitmakers da história do Brasil, enfileirou sucessos como Assim Caminha a Humanidade, Descobridor dos Sete Mares e um pout-porri de Sereia, De Repente, Califórnia e Como uma Onda no Mar.
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Quando Luan Santana subiu ao palco, foi possível perceber o tamanho do fenômeno que o sertanejo representa. Recebido aos berros pela plateia feminina, era ovacionado a cada movimento. Carismático e habilidoso com o público, Santana faz de sua apresentação um espetáculo que começa com um pianista sob luz intimista e termina com o cantor declarando seu amor ao Rio Grande do Sul. Em determinado momento, o cantor cobriu-se com uma bandeira do Estado, cantou Querência Amada e puxou o grito de "ah, eu sou gaúcho!". Era o que faltava para transformar sua excelente apresentação em um show perfeito.
Por fim, os planetários que fincaram pé na Saba até as 4h30min receberam de presente um show internacional de primeira qualidade. Wiz Khalifa, dono do videoclipe mais visto de 2015 e cantor de hits mundiais como Black and Yellow, Young, Wild and Free e, principalmente, See You Again, conduziu a massa com facilidade. Foi o responsável por fechar a edição que comemorou 20 anos de Planeta Atlântida. E mostrou, mais uma vez, um dos segredos do sucesso: música boa, seja do gênero que for.
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