Na última noite de Rock in Rio, o reggae do Cidade Negra deu o tom na abertura do Palco Mundo. A banda carioca foi por um repertório que venceu pela nostalgia, com canções lentas bem recebidas por fãs de Katy como "O erê" e "Girassol". O Cidade Negra se arriscou até com uma música nova, "Tudo que nos interessa". A platéia estava embalada quando o vocalista Toni Garrido aproveitou o momento para protestar. "Faz barulho quem está chateado. Se você estiver puto com o que está acontecendo com a gente, faz barulho. Se tiver força para fazer barulho e fazer sua parte para mudar, faz barulho com a gente", convidou. No fim da última música, lembrou que a banda tinha acabado de ser o primeiro grupo de reggae a tocar no Palco Mundo do Rock in Rio.
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Escalados aos 45 do segundo tempo devido ao cancelamento da cantora sueca Robyn, Aluna Francis e George Reid - que formam o duo AlunaGeorge - aqueceu o público para o show de Katy Perry, última atração da noite. E não foi tarefa fácil manter o público animado abaixo de chuva forte e vento. A dupla têm influências do r&b dos anos 90, mas também gostam de Radiohead, o que resulta em colagens eletrônicas interessantes. As músicas, no entanto, são pouco conhecidas do grande público.
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O A-Ha ressuscitou para o Rock in Rio. O grupo, de sucesso planetário nos anos 1980, gostou tanto de ser convidado para o festival que isso estimulou a banda a lançar neste mês seu primeiro álbum em seis anos, "Cast in Still". Os cinquentões Morten Harket (vocal), Pal Waaktaar-Savoy (guitarra) e Magne Furuholmen (teclados) ainda preservam uma boa química no palco. Quando se tem tantos sucessos, a regra em festivais grandes é tocar todos e sem mexer muito nas versões originais. O A-Ha foi experiente o bastante para seguir a regra. Mesmo as fãs bem novinhas da Katy Perry que aguardavam sua musa gostaram do A-Ha, apesar de não conhecer bem as músicas. Os tiozinhos se deram bem no Rock in Rio.
Ao fechar o Rock in Rio neste domingo, Katy Perry apresentou um espetáculo com dançarinos, nove trocas de roupa e saiu do palco após 19 músicas divididas em seis blocos. Os fãs chamados de KatyCats não pararam de gritar. Cenário, figurino e maquiagem foram de brilhar os olhos, literalmente, apostando muito no neon. Foi muito espetáculo para pouca música no sentido mais puro da palavra. A impressão que fica é que a aposta nas alegorias distrai a falta de talento musical. A turnê de Katy que passou pelo festival é baseada no disco "Prism", de 2013. Nesta noite, oito canções foram retiradas do disco mais recente da cantora.
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Mas quem roubou a cena mesmo foi a interação com público. E a garota escolhida para subir ao palco tentou bem mais do que isso. O que a garota tentou, mas não conseguiu, foi roubar um beijo da diva pop. Raiane Ribeiro Souza, de 18 anos, levou um tapa na bunda e retribuiu com um apertão. Ao tentar pronunciar o nome da fã, Katy Perry falou algo como "Raiaiaia". No palco, a garota ficou tentando beijar Katy Perry e foi convidada para fazer uma selfie. Ensinou a moça a falar quatro palavras em português: "beijos", "selfie" e "pizza" e "oi".
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