Com mortes, traições e sexo, Game of Thrones está de volta. Após uma quarta temporada que terminou com dois episódios eletrizantes, fomos apresentados a uma season premiére que, como de costume, pisa um pouco no freio e reordena as peças no tabuleiro para a próxima rodada.
Assim como Tyrion Lannister, que cruzou o Mar Estreito para desembarcar em Pentos, estivemos em uma longa viagem apenas aguardando a caixa ser aberta, possibilitando que a história tenha continuidade. E ela foi aberta simultaneamente em 170 países, em um sinal de respeito da HBO com os fãs (e também de inteligência, já que a medida tem como objetivo diminuir o número de downloads ilegais da atração).
Se o destino de Tyrion era incerto após sua fuga da prisão, duas cenas com Varys foram suficientes para sua história ter um rumo definido. Ambos irão encontrar Daenerys, única candidata ao Trono de Ferro com as qualidades necessárias para ser temida pelos senhores e querida pelo povo.
As virtudes ressaltadas por Varys, no entanto, são meu maior temor. Na quarta temporada, já tivemos provas de que o excesso de senso de justiça da personagem de Emilia Clarke - que parece um pouco menos desconfortável no papel - a enfraquece. E, entre as concessões que fez guiada por aquilo que acreditava ser mais justo, prender seus dois dragões certamente foi a pior. O fato de um de seus filhos ter matado um menino foi grave, mas ela deveria ter buscado uma solução melhor. Agora, Viserion e Rhaegal estão furiosos com ela, e, com certeza o tratamento que receberá de Drogon, quando retornar, não será mais amistoso. Somando-se a isso, tivemos a morte de um dos Imaculados por um dos Filhos da Harpia. Ou seja, esta temporada promete ser cheia de emoções para Daenerys.
Já em Westeros, o único núcleo que de fato empolgou foi o da Muralha. Mance, como já era de se esperar, preferiu ser queimado a ajoelhar-se para Stannis, o que deixa em aberto o futuro dos selvagens, agora sem seu líder. A meu ver, a proposta de Stannis deve ser vista com bons olhos pela maioria, já que ele promete o que os selvagens querem, que é ficar o mais longe possível dos Outros. Essa é uma aliança conveniente para ambos os lados. Também necessária, porque (eternamente) o inverno está chegando e é preciso reunir forçar para combater os caminhantes brancos.
Além disso, temos como outro fator que desperta curiosidade a aproximação de Melisandre e John Snow. Ela já percebeu que ele não é apenas mais um patrulheiro qualquer, e sua aprovação ao fato de que ele não é virgem me fez rir.
Nada de importante aconteceu no Vale. Baelish, como sempre, está preocupado com Sansa e Brienne e Podrick estão discutindo. Ao contrário de Tyrion, Brienne e seu companheiro ainda não ganharam um rumo na trama e enfraqueceram o episódio.
Outra decepção foi a forma como Cersei reagiu durante o velório do seu pai. O ódio dela por Tyrion é tão grande quanto seu amor por Jaime, e considero sua ação resignada demais para com o amante. Jaime traiu o reino ao libertar o irmão e isso deveria trazer consequências mais graves. Talvez o conflito que eu esperava ainda vá acontecer nos próximos capítulos. Todavia, o que tivemos num primeiro momento foi abaixo das expectativas, assim como o flashback.
Game of Thrones é uma série que constrói suas tramas com paciência, então vamos aguardar os próximos episódios. Na próxima semana, publicaremos o vídeo com o que rolou no episódio e, daqui a duas semanas, a crítica dos episódios dois e três. Até mais!
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