O show de Vitor Kley costuma ser um excelente cartão de visita para o Planeta Atlântida: leve, dançante, carismático e ensolarado. Foi até anunciado como um artista que tem a “cara do Planeta” antes de subir ao palco.
Logo após Neto Fagundes realizar a cerimônia de abertura da 27ª edição do evento, o cantor e compositor gaúcho abriu o primeiro dia de festival no Palco Planeta, nesta sexta-feira (2). Sob um forte calor e tempo firme, o músico chegou a comentar que nunca o sol brilhou tanto para ele no festival.
Foi a sétima vez de Vitor no Planeta Atlântida, que começa a se consolidar como uma das atrações clássicas do festival — naquele panteão composto por nomes como seu mentor Armandinho, mas também por bandas como Comunidade Nin-Jitsu, Reação em Cadeia, Jota Quest, entre outros. Aos 29 anos, o cantor retornou ao evento na Saba, em Atlântida, embalado pelo DVD A Bolha Ao Vivo em São Paulo, que foi lançado no último trimestre de 2023.
Ele levou ao Planeta o show dessa turnê, que se ampara na identidade visual roxa — o que se via nas roupas dos músicos, nos papéis picados e fumaças, com até bolhas de sabão no final. Até o vídeo de introdução que rola na turnê foi exibido, acompanhado de um manifesto que explica o conceito de “A Bolha”.
O cantor abriu o show com Ainda Bem que Chegou e seguiu com o hit Morena, que estava na ponta da língua dos planetários. A suingada Menina Linda manteve o ritmo, com Vitor bastante comunicativo.
Aliás, o músico foi incansavelmente interativo ao longo show, dizendo coisas como “cadê a gauchada que tanto amo” e o clássico “quem tá feliz faz barulho”(aparentemente todos estavam, ainda bem), reverenciando a plateia a todo momento (“vocês são de fé”) e sendo até cuidadoso (“tá todo mundo bem aí?”).
Enrolado em uma bandeira do Rio Grande do Sul, Vitor também convocou o público para pular e girar a camisa — e foi atendido:
— Um amigo meu, Samuel Rosa, falava há tempos atrás no Planeta: “Agora vamos fazer a capa da Zero Hora”. Chegou a minha vez.
Quando estava prestes a tocar Ainda Vou Morrer por Não Falar, ele abriu o coração:
— Essa música é dedicada às pessoas que têm medo de dizer o que sentem, com medo de magoar alguém.
Vitor apresentou músicas como A Tal Canção Pra Lua, Ponto de Paz e, entre outras, colocou o Planeta para pular com o hit Adrenalizou. Aliás, ele pediu para os planetários agacharem e saltarem num ponto explosivo da faixa, o que foi prontamente atendido. Algumas fãs subiram ao palco e o acompanharam no salto. Um pouco antes, o cantor novamente mencionou a intenção de criar uma capa da Zero Hora.
Em seguida, o mega sucesso O Sol foi acompanhado em coro pelos planetários, e A Bolha fechou o primeiro show do dia no Palco Planeta, com o cantor ele pedindo “filas de abraço” para o público.
Antes de sair, um último gesto queridão: pediu palmas para toda equipe que trabalha no festival, como técnicos, faxineiros etc. É o cara do Planeta.
Ausência
Antes de cantar Pupila, Vitor comentou sobre a ausência de Carol Biazin, que o acompanharia na música.
— Ela passou meio mal, teve uma intoxicação alimentar. Carolzinha, te amamos. A gente volta aqui numa próxima.
Ele ainda puxou o grito de “Carol!”. Prevista para subir ao palco como convidada de Vitor, Carol Biazin precisou cancelar sua participação no festival por motivos de saúde.
Leia a nota na íntegra do Planeta Atlântida:
“Informamos o cancelamento da participação da Carol Biazin no show do Vitor Kley, programado para hoje, no Planeta Atlântida, por motivos de saúde.
Após uma avaliação médica já em Atlântida, a artista foi diagnosticada com uma intoxicação alimentar que requer repouso e cuidados para uma completa recuperação.”