Considerado um dos maiores guitarristas do país, Lanny Gordin morreu na madrugada desta terça-feira (28), dia em que completou 72 anos. Ele estava internado havia cerca de 30 dias, mas a causa da morte não foi comunicada. Ainda não há informações sobre velório ou enterro do músico.
Alexander Gordin gravou LPs com Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil entre os anos 1960 e 1970. Com um estilo de guitarra estridente, era comparado ao americano Jimmi Hendrix. O músico nasceu em Xangai, na China, em 1951, filho de pai russo e mãe polonesa.
De acordo com O Globo, a família veio para o Brasil quando ele tinha seis anos. Gordin começou a se apresentar aos 16 anos com músicos como Pepeu Gomes e Hermeto Pascoal na Stardust. O pai do adolescente era um dos donos da casa noturna em São Paulo.
Entre os trabalhos mais marcantes de Gordin estão os dos discos Gal Costa (1969), Gal (1969), LeGal (1970) e Fatal — A todo vapor (1971), Caetano Veloso (ou Álbum Branco, de 1969), Gilberto Gil (1969) e Expresso 2222 (1972).
Ele contribuiu em Jards Macalé (1972), no baixo e na guitarra, e ainda tocou em Build Up (1970), de Rita Lee, Carlos, Erasmo (1971) e na música Chocolate, de Tim Maia.
Gordin foi diagnosticado com esquizofrenia e teve de ser internado diversas vezes em sanatórios pelo pai. O músico chegou a ser submetido a eletrochoques e passou a maior parte das décadas de 1980 e 1990 realizando trabalhos esparsos.
Ele ainda gravou os discos Auto-hipnose (2010) e Lanny's Quartet & All Stars (2014), com participações de Luiz Carlini, Frejat, Pepeu Gomes, Sergio Dias e Edgard Scandurra. Gordin foi tema do documentário Inaudito (2017), de Gregorio Gananian.