Depois de completar duas décadas de carreira em 2022, Thiaguinho dá início a 2023 com novos motivos para comemorar: o cantor realiza este ano mais uma temporada da turnê Tardezinha, que vai rodar o país de abril a dezembro com ingressos já quase esgotados. Também estão agendadas duas apresentações no Exterior, uma em Lisboa, Portugal, e outra em Miami, Estados Unidos. Há seis anos, o projeto revisita clássicos eternizados nas vozes de pagodeiros.
No sábado, ele desembarca em Xangri-Lá, no litoral norte do Estado, para animar o público do Maori Beach Club. Na sequência, confira a entrevista em que fala de planos para a carreira.
Qual mudança você destaca do primeiro show da Tardezinha para a nova temporada?
Nosso desejo sempre foi preservar a energia original, com atualizações necessárias, principalmente no repertório. Quem conferir vai perceber que o resultado é do jeito que todo mundo gosta, mas em versão 2.0.
O que Delirante (novo single do artista) tem para grudar na cabeça do público?
Olha, o efeito Delirante é instantâneo: dá vontade de bater palma no ritmo, dançar em roda com os amigos. Fora a letra, que narra a energia contagiante que a gente quer transmitir com a Tardezinha. É uma música de festa, de comunhão.
Você se preocupa em fazer com que o seu trabalho converse com outros estilos musicais?
Sou do pensamento de que a linguagem do pagode é universal. É um som que chama todo mundo para roda. Por isso que para mim é sempre muito gratificante promover encontros de ritmos e estilos na música. No meu álbum comemorativo de 20 anos de carreira, o Meu Nome É Thiago André, canto versões minhas de clássicos do jazz, do pop, da MPB.
Pensando em uma carreira internacional, o seu som seria facilmente assimilado pelos estrangeiros?
O samba e o pagode carregam vários elementos da música negra americana, como o R&B, além de beber muito também dos ritmos da diáspora africana. É um som que conversa com muito do que é feito em vários lugares do mundo, que apela para públicos que vão além do brasileiro. Outros shows que já fiz no Exterior são evidência disso.
Como você se enxerga daqui a 20 anos?
Daqui a 20 anos… Me enxergo fazendo muita música ainda, celebrando 40 anos de carreira com o público, ainda viajando o Brasil com o meu som. Num ritmo menos frenético, talvez? (risos) Não tenho certeza, só sei que o desejo é de seguir fazendo o que amo, que é música.