Depois de vencer Maiara e Maraisa e os herdeiros de Marília Mendonça na Justiça pelo uso do nome "As Patroas", a cantora Daisy Soares passou a ser atacada nas redes sociais. Além disso, ela também está sendo vítima de denúncias falsas para ter suas contas derrubadas.
— Fizeram denúncias como se eu estivesse imitando alguém. É que as cantoras tinham um Instagram com nome "As Patroas", era verificado, porque para pessoas com não sei quantos milhões de seguidores essa verificação vem mais rápido, e aí teve quem se juntou para denunciar o meu perfil tomando como base esse — disse Daisy ao portal Extra, afirmando que já entrou em contato com o suporte do Instagram, mas o problema ainda não foi resolvido.
O perfil na rede social era a maior vitrine para a artista conseguir novos trabalhos. Ela também perdeu contatos que estabeleceu por lá.
— Notificamos extrajudicialmente, com objetivo de resolver o mais rápido possível e o mais amigável possível. A desativação foi pura injustiça, e foi isso que demonstramos na notificação. Mostramos que Daisy é titular legítima do uso da marca "A Patroa" e tinha uma conta no Instagram que utilizava única e exclusivamente a sua marca registrada — explicou ao site o advogado Rodrigo Morais.
Além disso, a polêmica com as cantoras sertanejas tem influenciado em datas vazias na agenda de Daisy:
— Esse São João está longe do nosso ideal de shows. É um prejuízo grande, uma loucura. Em anos anteriores, um mês antes de junho já sabíamos toda a nossa rota. Eu paguei por esse registro, eu investi nisso, tive a ideia de registrar primeiro. Estou sendo prejudicada por ter ido atrás de um direito meu.
Entenda o caso
A dupla sertaneja Maiara e Maraisa foi proibida judicialmente de usar o nome "As Patroas", que era empregado pelas artistas junto da cantora Marília Mendonça, morta em novembro de 2021 em um acidente de avião. A ação indenizatória por concorrência desleal foi movida no Tribunal de Justiça da Bahia por Daisy Soares, dona do projeto de forró contemporâneo "A Patroa", criado em 2013.
A artista comprovou que, em 2014, pediu o registro da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Em 2017, a solicitação foi deferida. A artista alegou que ficou surpresa com pedido semelhante do ex-agente de Marília Mendonça, Wander Oliveira, em 2020. Ela afirma que o requerimento continha "especificações similares, numa clara colisão".