Gilberto Amaro do Nascimento tinha seis anos e passeava com o pai pelo centro de Pelotas. Caminhava com a cabeça inclinada para cima, às vezes tropeçando pelas calçadas. Virava a cabeça para todos os lados. Era começo dos anos 1940, e os prédios da cidade o encantavam. Ao perceber a admiração do filho por aquela arquitetura, o pai, Juvêncio Cardoso, o indagou: "Está vendo esses prédios? Está vendo as calçadas?". "Tô". "Fomos nós, os negros, que construímos".
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