Antes de começar o show, uma mensagem narrada por Luan Santana sugere que os celulares sejam desligados e que o público aprecie mais o momento que está vivendo. É a premissa da turnê do DVD Viva, lançado ano passado, que o cantor sertanejo levou ao Palco Planeta, nesta sexta-feira (31).
Se a mensagem é sobre nos afastarmos da tecnologia para aproveitar o momento, a música mesmo, contudo, segue a a fórmula romântica do cantor. A sexta apresentação de Luan no Planeta Atlântida começou com o sucesso radiofônico Quando a Bad Bater, do Viva, que reflete sobre o término de um namoro (“Não vai saber o que fazer/ Quando a bad bater e o silêncio trazer minha voz”). Em entrevista a GaúchaZH, ele contou que a canção foi composta enquanto sua noiva, Jade Magalhães, secava o cabelo em um quarto de hotel.
Luan seguiu o show com a curiosa Sofazinho, que trata de um romance picante de dois jovens ("Quase uma missão impossível/ Fazer amor com os seus pais em casa/ Já pensou se rola um flagra?/ De mim não ia sobrar nada"). É uma apresentação com um jogo de iluminação estupenda, em que Luan comanda o público com facilidade.
A seguir, o show prosseguiu com outra música de romance picante: Acordando o Prédio. Aparentemente, o casal protagonista desta letra não precisa recorrer à casa dos pais para namorar ("Vamo acordar esse prédio/ Fazer inveja pro povo/ Enquanto eles tão indo trabalhar/ A gente faz amor gostoso de novo").
Quando cantou Eu, Você, O Mar e Ela, houve uma resposta forte do público, em especial, no verso que cita o título da música. A seguir, empolgado com a resposta dos planetários a sua música mais recente, Cê Topa, Luan declarou:
— Eu que passo sufoco quando falto ao Planeta Atlântida. Não deixem faltar nunca mais. Sexta vez...
Em Água com Açúcar, Luan deitou no palco. No embalo romântico, casais perto da grade se beijaram. Trata-se de uma música que fala de uma proposta de recomeço (“Você terminou com ele e tá chorando/ Quer água com açúcar ou o meu amor?/ E se eu te contar que a água acabou?/ O açúcar que tem é só do meu amor”).
Em seguida, ele contou uma história motivacional sobre ser rejeitado nas rádios, quando vivia em Campo Grande (MS), e comentou:
— Recebi a notícia essa semana que fui o artista mais tocado nas rádios brasileiras da década. Nunca desistam de seus sonhos. Nunca desistam do amor.
Ao piano, ele emendou trechos de sucessos de sua carreira, como Te Esperando, Cantada e Dia, Lugar e Hora.
Depois do momento piano, Luan quis propor um momento nostálgico com uma pegada acústica no show com trechos de Te Vivo, Sinais, Você Não Sabe o Que é o Amor e Meteoro — essa última com o refrão cantado a plenos pulmões pelo público.
Participações surpresas
Para o hit Amar Não é Pecado, uma surpresa: a cantora gaúcha Luísa Sonza subiu ao palco e dividiu os vocais com Luan. E os dois dividiram com o público, é claro.
Após a música, Luan conversou brevemente com Luisa sobre Tuparendi (município onde ela nasceu) e a elogiou:
— Canta tudo essa menina, tem uma voz linda. Continue brilhando.
Em seguida, os dois prestaram tributo ao Rio Grande do Sul e cantaram Querência Amada, de Teixeirinha, com direito a Luan enrolado na bandeira do Estado. O público gostou do afago bairrista e bradou o clássico "ah, eu sou gaúcho" para lembrar de onde são.
Em Tudo o Que Você Quiser, o cantor Di Ferrero subiu ao palco para formar ali um dupla sertaneja. Luan convidou Di para cantar Escreve Aí, que não parecia conhecer muito a letra, mas tudo é festa nessa hora, não é?
Por fim, ele botou o povo para cantar o sucesso Vingança, que fala, bem, sobre uma vingança um tanto ingênua: "Eu vou pegar todo mundo/ Virar um vagabundo/ Depois que eu ficar com essa cidade inteira/ Aí cê vai lembrar do tanto que eu te dei amor/ E o tanto que você não deu valor/ E a sua única chance vai ser/ Em alguma balada da vida/ Eu te beijar sem perceber".
Mas quem nunca? O público se identifica. É cantando sobre temas assim que Luan é o artista brasileiro mais tocado na rádios brasileiras na última década.