Uma legião de fãs fez o chão do Pepsi on Stage literalmente tremer quando Jared Leto surgiu no palco da casa de shows da Capital vestindo um caftãn, uma espécie de kimono, colorido, pontualmente às 21h deste sábado (29). Ao lado do irmão Shannon, ele comandou o espetáculo do Thirty Seconds to Mars por cerca de 1h20min.
Se o visual lembra a figura de Jesus, a performance de Jared fez o público comportar-se como num culto. Ator já consagrado com um Oscar em 2014, pela atuação no filme Clube de Compras Dallas, ele sabe como empolgar a plateia e colocar todo mundo para pular, dançar e cantar junto com ele, mesmo estando com um resfriado, como o próprio contou em um stories do Instagram minutos antes do show.
Depois da introdução de Monolith, Jared abriu a apresentação com um dos maiores hits da banda, Up In the Air. Emendou Kings and Queens e soltou This Is War. Com apenas uma alteração para o setlist tocado em São Paulo - a música Do or Die foi excluída aqui - no total foram 15 canções.
Após City of Angels, Jared promoveu a primeira interação com o público, chamando cinco fãs para dançar com ele no palco enquanto rolava Rescue Me, uma das canções de America, o novo álbum da banda. Ele até arriscou uns passos de funk. Em seguida, cantou Hurricane.
Na sequência, Shannon assumiu os vocais em Remedy. E, assim como com Jared, os fãs cantaram junto o tempo todo. Depois de Live Like a Dream, Jared falou que pretende voltar a Porto Alegre:
- O Brasil é maravilhoso, desejo voltar para Porto Alegre em breve.
Na lenta The Kill (Bury Me), do álbum A Beautiful Lie (2005), um espécie de catarse coletiva tomou conta do Pepsi On Stage, que estava cheio, mas não lotado.
Antes do fim, Walk on Water voltou a animar. E o público voltou ao palco, agora em um grupo muito maior, para os irmãos Leto fecharem o show do Thirty Seconds to Mars com Closer to the Edge, o seu grande hit.
Horas de fila valeram a pena para fãs
Horas de fila e expectativa, e para viver um sonho. Foi este o clima visível entre os fãs do Thirty Seconds to Mars. A fã mais surpreendente encontrada pela reportagem foi Stephany Suellen, 21 anos, que veio de Recife para a capital gaúcha. Organizou tudo por conta e, por gastos semelhantes a São Paulo na conta final, optou por vir a apresentação no Sul. Estava na grade da pista, radiante e com símbolo do disco This Is War:
— Eles me ensinaram a nunca desistir dos sonhos, e um destes sonhos era estar aqui. Eles sempre motivam a isso nas músicas — explica a jovem, que conseguiu tirar uma foto com Jared e o grupo no hotel, na noite desta sexta.
A apresentação iniciou pontualmente às 21h. Como o setlist de São Paulo, o grupo iniciou a apresentação com Monolith e Up in the Air. Depois, o telão mudou de cores para receber a performance de Kings and Queens.