Aldyr Garcia Schlee (1934–2018), falecido em novembro passado aos 83 anos, foi um autor que tornou o Pampa e a região de fronteira sua temática de eleição. Por isso, também, durante muitos anos atuou numa espécie de zona particular dentro da literatura rio-grandense. Com a exceção de dois romances, sua obra voltou-se com insistência para o conto. Dois de seus livros saíram primeiro no Uruguai, em língua espanhola, e só mais tarde foram editados no Brasil. Traduziu autores de língua espanhola para o português e autores brasileiros para o espanhol. Para além de autor ligado a um país, era um artista do Pampa. Em retrospecto, portando, parece apropriado que seu legado literário seja um alentado dicionário dessa cultura doble-chapa, na qual ele habitava como pessoa e autor.
Tri bom!
Sesmaria, jaguara, camoatim e mais: dicionário traduz termos da cultura pampeana
Obra póstuma de Aldyr Schlee, de Jaguarão, será lançada nesta quarta-feira
Carlos André Moreira
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