Os números oficiais da Câmara Rio-Grandense do Livro para esta Feira apontam motivos para otimismo, registrando um número de exemplares vendidos 9% maior do que o verificado durante o ano passado. O clima entre os livreiros na Praça, contudo, tem sido de dúvida. As avaliações entre os estandes dos expositores tem sido a de um evento com altos e baixos, termômetro da recente crise econômica.
– Na prática a situação está bem semelhante à do ano passado. Quem veio, compra. Mas dá para ver que quem está comprando tem um limite bem claro. R$ 30, R$ 20, por aí – comenta Guilherme Dullius, da Beco dos Livros.
A crise do funcionalismo estadual, com o parcelamento dos salários, está sendo sentida, já que saem dessa camada muitos dos frequentadores e clientes assíduos da Feira, mas é uma situação que também remete à Feira de 2017.
– No ano passado acho que a situação era até pior, porque havia uma incerteza geral. Como o pessoal agora está recebendo parcelado há muito tempo, já se reorganizou e alguns voltaram – diz Vitor Zandomeneghi, da Banca dos Livros.
Ele aponta que um fator que continua atraindo clientes é a diversidade de títulos em exposição (ele até abdicou dos principais best-sellers este ano). Algo que a livreira Fátima Rhoden, que trabalha com a distribuidora AJR, confirma.
– A banca mais variada tem se saído melhor – comenta