Além das obras literárias, pipoca é o que não falta na Feira do Livro de Porto Alegre. Pelos quatro cantos da Praça da Alfândega, há opções para todos os gostos: salgada, chocolate, chocolate com caramelo e leite condensado com ou sem coco. Visitar a feira e pegar uma pipoca pode ser até considerada uma tradição e, em meio a tantos pipoqueiros, um estande novato trouxe um ar retrô para o evento.
Desde criança, Brenda Mazzocchi, 38 anos, visita a Feira do Livro. Mas este é o primeiro ano que ela participa do evento na Capital como vendedora de pipoca. Há oito anos, ela, a irmã Lara e o namorado Wilian Silva montam a barraquinha da Popstar em feiras e eventos na Serra Gaúcha.
– Nós decidimos participar da Feira porque eu sou muito fã e sempre me interessei pela venda de alimentos de forma mais divertida, mais diferente – comenta Brenda.
Toda vez que Brenda visitava a Feira, passar em um carrinho de pipoca era tradição:
– Eu sempre comprava pipoca. E quis fazer algo diferente para vender, então comecei a enxergar e me inspirar nos pipoqueiros.
A concorrência grande não é motivo de desânimo para a empreendedora, que com otimismo diz "que há público pra todo mundo". Apesar de considerar o movimento fraco na primeira semana, Brenda diz que o fluxo de pessoas vem aumentando nos últimos dias e que se intensifica no feriado e final de semana.
– A procura (pelas pipocas) é maior no final de semana. E deve vir bastante gente no feriado do dia 15. As pessoas estão nos conhecendo e gostando da gente aqui, tem gente que não quer nem que a gente deixe a praça depois da Feira – brinca Brenda.
Expectativa de público, mas vendas em baixa
Em sua 29ª Feira, o livreiro Marcelo Nunes Portela não está bem otimista para os últimos dias do evento que se encerra em 19 de novembro. De acordo com ele, é a "Feira mais fraca".
– Nós perdemos bastante vendas por conta da crise. Já tinha acontecido isso no ano passado, mas agora se agravou. Acho que nesses últimos dias não recuperamos mais – lamenta o vendedor, que busca alternativas para driblar a pouca procura: – Estamos com promoção, baixando o preço para ver se temos um giro no caixa, né?
De passagem pela Praça da Alfândega, a vendedora Cristina Cardoso, 47 anos, aproveitou a saída do trabalho, no fim da tarde desta terça-feira(14) para dar uma espiadinha nas bancas antes de trazer a filha Giovana, 9 anos. A mãe aproveitará a folga para um passeio com a pequena na Feira do Livro.
– O clima da Feira é muito bom para as crianças. E desde cedo eu incentivo a Giovana a ler, ela adora! – conta Cristina.