
Fábio Prikladnicki
O americano Benjamin Moser tornou-se conhecido na cena cultural do Brasil em 2009, graças à biografia Clarice, (editora Cosac Naify), trabalho monumental de pesquisa sobre a escritora Clarice Lispector. Nos últimos anos, o biógrafo e ensaísta americano de 39 anos vem se revelando uma espécie de consciência crítica do Brasil e de sua cultura, desafiando tabus que nem mesmo intelectuais do país parecem dispostos a enfrentar. Para ele, por exemplo, a obra de Oscar Niemeyer tem excesso de concreto e escassez de verde – e o próprio arquiteto merece reprovação por seu alinhamento a ditadores. Em outra frente, Moser identifica preconceito na atitude de estudiosos que relutam em tratar abertamente como homossexuais autores canônicos como Mário de Andrade e Lúcio Cardoso.
- Mais sobre:
- com a palavra
- benjamin moser
- literatura