O Rio Grande do Sul está em festa para parabenizar a mais nova cinquentona do Estado: a Califórnia da Canção Nativa, que completa 50 anos em 2021, consolidando-se como um dos mais mais importantes festivais de música regional do país. Como não poderia deixar de ser, a data será celebrada nos palcos, com o espetáculo Califórnia da Canção Nativa – 50 anos de Nativismo – Tempo e Movimento. O evento foi divulgado nesta quarta-feira (8), em cerimônia realizada no Solar dos Câmaras, em Porto Alegre.
Mesclando canto e teatro, a peça em homenagem à Califórnia da Canção irá contar a história do festival, gênese do movimento que mudou para sempre o cenário da música gaúcha. A apresentação será no dia 22 de dezembro, às 20h, no Teatro Dante Barone (Praça Mal. Deodoro, 101, em Porto Alegre). O acesso ao teatro ocorre por ordem de chegada a partir das 19h30min, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível e observada a lotação de 597 pessoas.
O espetáculo trará 20 composições que foram eternizadas tanto na Califórnia, quanto em outros festivais que marcaram este cinquentenário. Os artistas responsáveis por emprestarem suas vozes às canções serão Marco Aurélio Vasconcelos, Shana Müller, Ernesto Fagundes, Ivo Fraga, Victor Hugo, Francisco Alves, Oristela Alves, Pirisca Greco, João de Almeida Neto, Isabela Fogaça, José Fogaça, Maria Luiza Benitez, Robledo Martins, Mauro Moraes, Luiz Marenco, Jari Terres, Neto Fagundes, César Oliveira, Rogério Melo, Analise Severo, Jean Kirchoff, Loma, Flavio Hansen, Daniel Torres e Érlon Péricles. A lista de músicas a serem interpretadas por eles, porém, é mantida em segredo pela organização.
Com direção musical de Marcello Caminha e Marcelo Caminha Filho, concepção e direção artística de Diego Müller e curadoria de Vinícius Brum, a apresentação promete emocionar o público não só pela música, mas também pela parte cênica.
— Precisamos construir algo além do palco e compartilhar este universo mágico que produziu tantos talentos da nossa música, que são os festivais. E também trazer para a cena personagens históricos. E isso será feito — adianta o diretor artístico Diego Müller.
— A cultura do Rio Grande do Sul foi inundada por esta luz da Califórnia, há 50 anos, e por isso nós estamos aqui. E tudo isso estará no palco no dia 22 — completa o curador Vinícius Brum.
Além do espetáculo marcado para a noite, a partir das 14h, ocorrerá o painel Tempo e Movimento, que abordará as origens do festival a partir de memórias de figuras marcantes destes 50 anos de Califórnia da Canção Nativa. Participam da atividade Henrique de Freitas Lima, José Edil, um dos primeiros presidentes do festival, Victor Hugo e César Oliveira. Assim como na peça, o público também pode aproveitar a atração gratuitamente mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.