Observar a paisagem, prestar atenção nos gestos e falas de alguém, ouvir música, acariciar o pet ou sentir o aroma do café pela manhã são maneiras de lermos sinestesicamente o mundo. São situações corriqueiras que nos fazem interagir e decodificar aquilo que nos cerca. Por essa perspectiva, estamos sempre lendo, mesmo que involuntariamente. A vida nos coloca diante de uma constante narrativa a ser interpretada. Com os livros, a história é um pouco diferente. Precisamos de atenção para devorar o conteúdo das páginas — tarefa quase hercúlea em épocas nas quais o cotidiano atribulado nos rouba um tempo considerável.
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