Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa Ainda Estou Aqui ultrapassa 3 milhões de espectadores com oito semanas de exibição nos cinemas. Esta é a primeira vez desde o início de 2020 que um filme nacional alcança tal sucesso nas bilheterias. Distribuída pela Sony Pictures, a obra segue em cartaz em 200 salas pelo país.
— Tão importante quanto o retorno do público ao cinema para viver uma experiência coletiva é o amplo debate que o filme está gerando. (...) A luta de Eunice Paiva tem muito a dizer sobre a política de 2024, como escreveu o crítico de cinema Bruno Carmelo. Em um momento de apagamento da memória, a história da família Paiva nos lembra que a ditadura militar não foi uma abstração — comenta Walter Salles, em material divulgado à imprensa.
Ainda Estou Aqui representa o Brasil na disputa por uma indicação na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025. Além disso, a obra concorre ao Globo de Ouro de melhor filme em língua não inglesa e melhor atriz em filme de drama.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa acompanha a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), cuja vida muda completamente após o marido Rubens Paiva (Selton Mello), engenheiro e político, ser preso e desaparecer durante a ditadura militar. Mãe de cinco filhos com o ex-deputado, ela se tornou advogada e ativista dos direitos humanos ao lutar pelo reconhecimento da morte do marido.