O cineasta Woody Allen entrou com um processo de US$ 68 milhões contra a Amazon por quebra de contrato, acusando a gigante do streaming de cancelar um contrato de filme por causa de uma alegação "sem fundamento" de décadas atrás de que ele abusou sexualmente de sua filha.
Allen diz que a Amazon tentou encerrar o negócio em junho e desde então se recusou a pagar US$ 9 milhões em financiamento para seu próximo filme, A Rainy Day In New York (Um Dia Chuvoso em Nova York), alegam seus advogados.
Esse filme era um dos vários que seria produzido com o diretor vencedor do Oscar sob uma série de acordos alcançados depois que Allen fez o programa Crisis in Six Scenes para a Amazon, que era então um novo provedor de conteúdo.
Ele está pedindo US$ 9 milhões junto com garantias mínimas devidos a ele para outros filmes, totalizando "mais de US$ 68.000.000", segundo uma queixa apresentada nesta quinta-feira em um tribunal federal em Nova York e obtida pela AFP.
O diretor afirma que a Amazon disse que o acordo se tornou "impraticável" por causa de "eventos supervenientes, incluindo alegações renovadas contra Allen, seus próprios comentários controversos" e a recusa de atores a trabalhar com ele.
Allen foi acusado de molestar Dylan Farrow, sua filha adotiva, quando ela tinha sete anos, no início dos anos 90. Ele foi inocentado das acusações após duas investigações, e negou o abuso. Mas Dylan, agora adulta, afirma que foi molestada.
Nos últimos meses, uma série de atores que trabalharam com Allen se distanciaram e disseram que não trabalhariam mais com ele.
Procurada pela AFP, a Amazon não comentou o caso.
* AFP