A modelo Christina Engelhardt tornou-se protagonista de uma polêmica envolvendo o cineasta Woody Allen nesta segunda-feira (17). Em entrevista ao Hollywood Reporter, a norte-americana revelou que teve um caso com o diretor de Vicky Cristina Barcelona quando tinha 16 anos - ela guardou a história por mais de 40 anos.
Christina conta que tudo aconteceu em 1976, quando, ao entrar em um restaurante de Nova York, deixou o seu telefone para o cineasta em um pedaço de guardanapo. "Você dá muitos autógrafos, então aqui está o meu", escreveu ela.
Com 41 anos na época, Allen ligou para a jovem, que começou a frequentar a casa do astro de Hollywood. Os encontros aconteciam sempre com todas as cortinas fechadas, em apartamento nos arredores do Central Park.
— A vista provavelmente era linda, mas eu nunca pude ver — disse ela.
O relacionamento já durava mais de um ano quando Allen começou a trazer outras mulheres para os encontros - o que incomodava Christina. Até que então, o cineasta a apresentou para Mia Farrow, com quem se casaria depois.
— Eu me senti enjoada. Eu não queria estar lá [no quarto com os dois], mas não tinha coragem de ir embora. Ir embora significaria que tudo isso estaria acabado. Olhando para trás, eu sei que era disso que eu precisava, mas não ter Woody na minha vida parecia absurdo naquela época.
Além disso, a modelo diz ter guardado um trauma do caso após assistir no cinema a Manhattan, longa-metragem lançado por Allen em 1979 e até hoje considerado um de seus melhores trabalhos. Na trama, Allen vive o escritor judeu Isaac, que tem um caso com uma adolescente, vivida por Mariel Hemingway, que tinha 17 anos na época da filmagem.
— Eu chorei durante toda a sessão. Foi como se todos os meus piores medos viessem à superfície. Era assim que ele se sentia sobre mim? Nós dividimos uma conexão tão forte, desde o começo, e aqui estava essa interpretação de mim para todos os críticos de arte verem e desconstruírem.