Prevista para ser exibida no Museu de Arte do Rio, ainda sem data definida, a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, cancelada precocemente em Porto Alegre após receber acusações de promover blasfêmia contra símbolos católicos e conter obras que faziam referência à pedofilia e à zoofilia, ganhou uma homenagem nas paredes de dois museus de Nova York no último sábado (23).
As projeções nas fachadas do New Museum of Contemporary Art e do Whitney Museum, local que recebe até o próximo dia 1º mostra reunindo 150 trabalhos do artista brasileiro Hélio Oiticica (1937-1980), exibiram algumas das artes mais polêmicas expostas no Santander Cultural e mensagens como "Brasil, o mundo está assistindo", "Ditadura nunca mais" e "Nova York ama Queermuseu". Além das galerias, muros do bairro de Bushwick, no Brooklyn, também tiveram imagens projetadas.
Idealizado por Cibele Vieira, uma das artistas com obras na Queermuseu, o evento denominado NY loves Queermuseu surge pouco mais de uma semana após ato semelhante na Consolação, em São Paulo, e só foi possível com a ajuda de um financiamento coletivo envolvendo brasileiros e norte-americanos.