Marty McFly, personagem eternizado por Michael J. Fox na trilogia De Volta Para o Futuro (1985-1990), ganhou uma versão brasileira no Zorra do último sábado (16) e entrou na polêmica do fechamento da Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. No quadro, que levou o nome De Volta Para o Passado, o ator George Sauma desembarca no Brasil em 2017 e espanta-se com a situação do país.
– Finalmente vou conhecer o Brasil, o país do futuro – diz o personagem, ao desembarcar do carro, ser picado por um mosquito e ser alertado por um morador de rua que poderia se tratar de febre amarela.
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Sem acreditar que estava no ano indicado pelo painel da máquina do tempo, para diante de uma loja de televisores e começa a acompanhar as notícias. Em uma das chamadas, o jornal alertava:
– Exposição de arte é censurada e causa protesto.
Na sequência, McFly é interrompido por um conflito entre protestantes e uma tropa policial.
– Ferrou, eu voltei para a ditadura, melhor sair fora daqui – exclamou antes de fugir e encontrar o icônico cientista Dr. Brown (no quadro, vivido por Fernando Caruso) vendendo ferro velho.
– Mudaram a lei do Brasil, acabou a previdência, agora eu tenho que trabalhar como um escravo até bater as botas. Toca para antes do descobrimento. Aqui só tinha índio, o Brasil nessa época era civilizado.