Na próxima terça-feira, dia 23, a Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), que representa as indústrias vinícolas de Flores da Cunha e Nova Pádua, na Serra, estará completando 22 anos de atividades. Recebemos as seguintes informações da entidade sobre as origens da associação:
Uma cultura que perpassa gerações. É o que acontece na região dos Altos Montes, que compreende os municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua, onde é fácil encontrar famílias inteiras trabalhando em torno da uva e do vinho. A cada ano, se vê uma comunidade ainda mais unida e integrada pelo desenvolvimento enoturístico da região e pelo aprimoramento técnico e da qualidade dos produtos.
Foi com esse objetivo que nasceu, há 22 anos, a Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), entidade fundada na época por um grupo de 11 empresários da região. As primeiras reuniões para tratar do assunto foram realizadas no restaurante Panorâmico Belvedere Sonda, em Nova Pádua.
A partir de então, com apoio do Sebrae, foi promovido um trabalho de campo para atestar a viabilidade da ideia. Assim, em 23 de janeiro de 2002, representantes das companhias vinícolas se reuniram no Centro Empresarial de Flores da Cunha e constituíram, oficialmente, a Apromontes.
Atualmente, já são 18 vinícolas associadas, que vêm realizando inúmeras atividades, com destaque para a organização da área geográfica para a produção de vinhos finos dos Altos Montes. Em 2012, a região conquistou o registro de indicação geográfica e, com isso, os produtos passaram a carregar o selo de indicação de procedência (IP), possibilitando maior visibilidade para as vinícolas locais. O atestado de qualidade também é fundamental para facilitar a venda do vinho tanto internamente, quanto na exportação. A certificação indica ainda que as qualidades e as características da bebida se dão pelas condições que o terroir (extensão da terra cultivada) proporciona.
Os Altos Montes apresentam altitudes de 600 até 885 metros, com paisagens exuberantes, que mesclam montanhas e vales, além de uma alta amplitude térmica.
Afora a vinicultura, a região é cenário atraente para turistas e visitantes no que se refere a gastronomia, cultura, conhecimento e lazer. A originalidade encontrada nas vinícolas resgata a história da colonização italiana. Em 2023, visando promover o roteiro turístico, foi lançado o projeto Experiências Altos Montes, com mais de 70 atividades enoturísticas abertas ao público.
O barbeiro mais antigo de Tapera
Outro dia, a coluna contou a história de Nei Bernardes, o barbeiro mais antigo do bairro Cidade Baixa, na Capital. Recebemos da leitora Silvia Junges Werlang o relato sobre o encerramento das atividades de seu pai, Lothari Junges, de 96 anos. Ele era o barbeiro mais longevo de Tapera, região norte do Estado, até aposentar o pente e a tesoura em 14 de agosto do ano passado. Leitor assíduo de Zero Hora, seu Lothari já foi mencionado no Almanaque Gaúcho e até deu entrevista na Rádio Gaúcha.
– Foram 82 anos de trabalho, com amor e dedicação pela profissão. Só parou devido a uma pneumonia, mas já se recuperou e, hoje, conta com saúde e memória invejáveis – afirma Sílvia.