- Os dois melhores não podem estar no mesmo time. Logo, eles tiravam par-ímpar e escolhiam os times.
- Ser escolhido por último era uma grande humilhação.
- Um time jogava sem camisa e o outro com camisa.
- O pior de cada time era o goleiro — a não ser que tivesse alguém que gostasse de agarrar.
- Se ninguém aceitava ser goleiro, adotava-se um rodízio: cada um agarrava até sofrer um gol.
- Quando tinha um pênalti: saía o goleiro ruim e entrava um bom só para tentar pegar a cobrança.
- Os piores de cada lado ficavam na zaga.
- O dono da bola jogava sempre no mesmo time do melhor jogador.
- Não tinha juiz.
- As faltas eram marcadas no grito. Se você fosse atingido, gritava como se tivesse quebrado uma perna até conseguir a falta.
- Se você estava no lance e a bola saía pela lateral, gritava "é nossa" e pegava a bola o mais rápido possível para fazer a cobrança — essa regra também se aplicava ao escanteio.
- Lesões como arrancar a tampa do dedão do pé, ralar o joelho, sangrar o nariz e outras eram normais. Para isso, existia o Merthiolate (que ardia igual inferno).
- Quem chutava a bola para longe tinha que ir buscar.
- Lances polêmicos eram resolvidos no grito ou, se fosse o caso, na pancada.
- A partida acabava quando todos estavam cansados, quando anoitecia, ou quando a mãe do dono da bola mandava ele ir para casa; ou até quando aquela vizinha prendia/cortava a bola que caía na casa dela.
- Mesmo que estivesse 15 x 0, a partida acabava com o famoso "quem faz, ganha".
- Rua de baixo contra rua de cima, valendo uma garrafa de Tubaína.
- Mesmo que chova forte, certamente, haverá futebol.
- O famoso grito "paroooou" quando vinha passando perto da pelada um carro, uma mulher grávida ou com criança.
- Não existia essa de Adidas; Nike... era Kichute ou jogava-se descalço. E o goleiro não usava luvas, usava chinelo na mão.
Lembrou tua infância!? Só sabe o quanto foi bom quem viveu essa experiência. Quem viveu isso?
Créditos do texto: Régis Rocha
Colaboração enviada por Fernando Hennig