Conforme publicado ontem neste Almanaque, as obras de pavimentação com concreto armado das duas pistas da Avenida Bom Fim, atual Avenida Osvaldo Aranha, foram concluídas no final da década de 1920. No texto, fizemos referência à construção do primeiro mercado do Bom Fim.
Precisamente no dia 10 de agosto de 1927, data em que a Escola de Engenharia aniversariava, e em homenagem a ela, foi a inaugurada a “nova” avenida. A abertura e calçamento de vias públicas se tornava, cada vez mais, uma necessidade premente, pois a cidade, naquela época, já contava com cerca de 3 mil veículos automotores. Dados de 2016 revelam que a capital gaúcha, com seu 1,4 milhão de habitantes, tinha, então, uma frota de 825 mil veículos. Segundo o Detran, nove anos antes, esse número era 28% menor. Atualmente, há um veículo para cada 1,8 habitante na Capital, índice equivalente ao de países como Japão, França, Espanha e Alemanha, todos com cerca de 1,7 habitante por carro.
Desde 1928
Ponto tradicional do bairro, o Mercado do Bom Fim existe desde 1928, quando ficava na área onde agora está situado o Hospital de Pronto Socorro (HPS). Na época, funcionava com 49 bancas de diversas atividades. Dez anos depois, foi transferido para o local atual, na esquina da Avenida José Bonifácio com a Redenção. Na década de 1990, o mercado foi interditado pela prefeitura, devido a riscos de desabamento e incêndio. Na ocasião, o prédio era ocupado por 14 estabelecimentos.
A nova sede do Mercado foi inaugurada em 2000, com uma área de 670m². Entre os antigos permissionários, permaneceram as floristas e o Zé do Passaporte, o primeiro cachorro-quente de Porto Alegre. O Mercado do Bom Fim funciona com 24 permissionários, entre bares, floriculturas, delicatessen, pet shop, lojas de artesanato, tabacaria, sorveteria e cafeteria.
Fontes: livro "Porto Alegre Ano a Ano - Uma Cronologia Histórica 1732/1950", de Sérgio da Costa Franco, e site da Diretoria de Promoção Econômica da Prefeitura Municipal.