A concessão de licença, em 1865, para que Manoel da Fonseca abrisse um açougue próximo à Várzea, atual Parque Farroupilha, “na esquina da então Rua Dom Afonso” (que é a atual Ramiro Barcelos), é um registro que indica que a cidade estava se expandindo. Foi nessa época, em 1867, que foi lançada a pedra fundamental para a construção da capela Senhor do Bom Fim, que acabou por estender seu nome ao Campo do Bom Fim, em 1870, e ao bairro.
A partir de 1896, circulavam pela avenida os bondinhos de tração animal da Companhia Carris Urbanos, como a linha Partenon, que se dirigia àquele bairro pela Rua Santana.
Desde a planta municipal de 1916, a face norte do Campo da Redenção passou a ser designada como Avenida Bom Fim. Nos anos de 1918 e 1919, foram providenciados arborização e calçamento. Foram executados, também, trabalhos de drenagem de todo o Campo, para escoamento de águas pluviais, e terraplenagem. Em 1927, o intendente Otávio Rocha inaugurou as duas pistas pavimentadas de concreto armado naquele logradouro.
São exatamente desse período as fotos do álbum da Cia. Schilling e Krass, pertencente à Fototeca Sioma Breitman, do Museu Joaquim José Felizardo, de Porto Alegre, enviadas gentilmente pelo leitor Marcelo Roncato, as quais publicamos hoje.
As preciosas imagens mostram a área onde a Avenida Bom Fim se encontrava com o Caminho do Meio, posteriormente batizado de Avenida Protásio Alves, a mais extensa radial da cidade, que se inicia ali e vai até o limite com o município de Viamão. Uma lei de 1936 mudou o nome de Caminho do Meio para Avenida Protásio Alves. No final da década de 1920, já havia sido construído o mercado do Bom Fim, que mesmo tendo sido transferido da esquina com a Avenida Venâncio Aires, onde hoje existe o Hospital de Pronto Socorro, para a esquina com a Avenida José Bonifácio, continua sendo um dos poucos remanescentes dos mercados de bairros implantados pela municipalidade.