Ricardo Chaves
“A garôta ia passando pela rua, despreocupada e cônscia da admiração que despertava. Seus 16 anos palpitavam em cada traço, no jeito simples de brôto gaúcho. Olhos experientes e interessados a seguiram, mediram os prós e contras e decidiram a sorte da moça. Lélia Parizotto iniciou assim a carreira. Manequim e modêlo fotográfico de uma agência de propaganda, começou a ficar conhecida do público. Quando a TV Piratini estabeleceu testes para garôta-propaganda, apresentou-se sem grandes esperanças de passar. Foi, entretanto, bem sucedida. Afirma que, a princípio, considerava tudo uma brincadeira. Hoje encara a profissão com muita seriedade, apesar de não a julgar fácil. ‘É necessário simpatia e muito desembaraço, presença de espírito, boa apresentação e boa inflexão’, comenta”. É assim que a Revista do Globo, de dezembro de 1963, abre sua matéria de capa, um perfil de Lélia Parizotto, feito pela repórter Esther Guendelsmann.