Nosso leitor João Ströher enviou, e gostaria de ver publicada, duas fotos da praça central Lidovino Antônio Fanton, na cidade de Feliz. A mais antiga foi feita por volta dos anos de 1966 ou 1967 e a outra, com as árvores já crescidas, é atual. Incluímos mais duas imagens que mostram o crescimento desta cidade do Vale do Caí (veja abaixo).
Com 12.992 habitantes (estimativa de 2013 do IBGE), Feliz preserva características interioranas e mantém a tradição dos alemães que colonizaram a cidade. A população mantém vivas as raízes culturais dos antepassados. Esse legado pode ser percebido nas fachadas das construções, nos jardins das residências e até em conversas realizadas em dialeto germânico.
Em 22 de dezembro de 1888, a então Picada Feliz foi elevada à condição de vila, passando então a se chamar Vila Feliz. Em 17 de fevereiro de 1959, por meio de lei estadual, foi decretada a emancipação política do município, desmembrado de São Sebastião do Caí, que passou a se chamar Feliz. Em 31 de maio daquele ano, também foi realizada a instalação do município. Em 1º de junho, assumiu o primeiro prefeito de Feliz, Kurt Walter Graebin.
Há mais de uma versão para explicar a origem do nome do município. A mais aceita está relacionada a um acontecimento histórico, como consta no Koseritz Kalender de 1962:
“Em 1850, uma comitiva sob o comando do engenheiro Afonso Mabilde foi incumbida de abrir um caminho através da mata dos pinhais e do Campo dos Bugres (Caxias do Sul) até os campos de criação de gado de Vacaria. Este grupo atravessou com uma canoa o Rio das Antas, usando uma embarcação como elo com os já ocupados campos de Vacaria, donde obtinham os mantimentos necessários. Uma enchente, no entanto, teria arrastado a canoa e o grupo de homens se viu obrigado a retornar ao sul. Depois de ficarem muitos dias errantes pelo mato, sofrendo toda sorte de privações e perigos, finalmente teriam encontrado a casa de um colono e saudado este encontro com a exclamação: “Oh Feliz!” Em lembrança deste fato, a nova picada recebeu o nome de Feliz.”
A valorização da cultura, da educação e o zelo pelo trabalho são algumas das características dos felizenses. Mas festas também fazem parte do cotidiano: os Kerbs, o Festival Nacional do Chopp, o Encontro de Cervejarias Artesanais, ou, ainda, as que celebram a produção agrícola e da agroindústria, como a Festa Nacional das Amoras, Morangos e Chantilly (Fenamor).
Em 1998, Feliz destacou-se como a primeira colocada no ranking dos municípios brasileiros com maior índice de desenvolvimento humano (IDH). Naquele ano, Feliz ficou conhecida nacionalmente como a cidade de melhor qualidade de vida do Brasil. Dados de 2010 de censo do IBGE apontaram Feliz como sendo o município com o menor índice de analfabetismo do país. Apenas 0,95% da população adulta não sabe ler nem escrever.
Colaborou João Ströher