Em julho de 1948, numa reportagem para a Revista do Globo, o jornalista Augusto Bueno cobrava das autoridades estaduais e, principalmente, municipais as promessas para a construção de um estádio público de futebol que abrigasse as maiores torcidas do Estado.
O repórter fazia referência às iniciativas de clubes como o São José, o Cruzeiro e o Renner, que, por sua própria conta, já haviam providenciado campos de futebol bem organizados, embora de pequena capacidade para os espectadores. A matéria enaltecia o projeto ambicioso do Inter, que começava a tomar forma, à custa de campanhas entre os associados da Capital e do Interior.
O estádio do Inter, planejado pelo engenheiro Armando Batista, seria feito por módulos e, ao longo de alguns anos, à medida que os recursos fossem sendo arrecadados. Foi constituída uma comissão central do estádio, chefiada pelo então presidente, Pedro Moreira.
O velho pavilhão de madeira foi posto abaixo e as obras do Estádio dos Eucaliptos, inaugurado em 1931 e que em 1944 passaria a se chamar Estádio Ildo Meneghetti, iniciaram.
A ideia era erguer uma “praça de esportes de enormes proporções, com capacidade para 45 mil torcedores, com ginásio, cancha coberta para basquete, sala de conferências, biblioteca, departamento médico, dormitório e outras dependências para os jogadores”.
Como sabemos, o plano nunca chegou a ser executado plenamente, embora a parte concluída tenha abrigado partidas da Copa do Mundo de 1950. Em 1969, o Beira-Rio foi inaugurado, e o velho Eucaliptos, já praticamente desativado, foi vendido em 2010 e demolido em 2012.