A geografia do centro da Capital mudou muito nas últimas décadas. A geração shopping center de hoje não conheceu, por exemplo, as lojas que deram vida às principais ruas da cidade por volta do final do século passado. Dezenas de tradicionais estabelecimentos comerciais mudaram de razão social ou simplesmente sumiram do mapa, desmontando suas vitrines. Desapareceram, também, seus letreiros a gás néon e os anúncios na voz dos locutores.
Algumas casas deixaram inesquecíveis marcas publicitárias, como o magazine Reinaldo, que se apresentava como "A maluquinha da Praça do Portão", e a Casa Catraca, na Azenha, especializada em bicicletas, com o slogan "Esses rapazes da Casa Catraca têm cada uma!".
O Almanaque Gaúcho buscou resgatar um passado não muito distante, alinhando alguns nomes de lojas tradicionais que permanecem na memória dos mais antigos.
Cambial (Marechal Floriano), Alfaiataria Glória (Salgado Filho), Armazém Riograndense (Otávio Rocha), Bromberg (Siqueira Campos), Casa Coates (Siqueira Campos), Casa Krahe (Andradas), Casa Louro (Esquina Democrática), Casa Lu (Azenha), Casa Lyra (Andradas), Casa Pimenta (Vigário José Inácio), Casas Pernambucanas (Andradas), Casa Victor (Andradas), Guaspari (Borges de Medeiros), H. Theo Möller (Farrapos), Hermes Macedo (Sete de Setembro), Tabajara (Borges de Medeiros, fechada recentemente), Livraria do Globo (Andradas), Lojas Alfred (Praça Otávio Rocha), Manlec (Dr. Flores), Marinha Magazine (São Pedro), Masson (Andradas), Mesbla (Coronel Vicente), Paulo Joalheiro (Andrade Neves), Scarpini (Borges de Medeiros), Senador (Andradas), Sloper (Andradas), Taft Magazine (Andradas), Wolens Magazine (Otávio Rocha).
* O colunista Ricardo Chaves está em férias