A HBO chega nesta terça (8) ao seu 50º aniversário como uma das mais prestigiadas redes de televisão do mundo, com um catálogo que inclui algumas das séries mais populares do ano (House of the Dragon), da década (Game of Thrones) e da história (Família Soprano), além de ano após ano dominar as premiações recentes com dramas como Succession, Mare of Easttown e Big Little Lies.
— O legado da HBO é contar histórias inovadoras — resume o chefe de conteúdo da empresa, Casey Bloys, em nota encaminhada à imprensa em razão da efeméride.
Mas a HBO nem sempre foi esse sucesso todo. À época da celebração de uma década da Home Box Office, o canal a cabo tinha motivos para comemorar os milhões de assinantes, mas nenhuma razão para celebrar o desempenho de suas produções originais.
“É fácil fazer 20 pessoas felizes – o desafio é fazer algo que seja inteligente e original e ainda consiga tocar muitas pessoas”, tentou explicar o então chefe de programação da HBO, Michael Fuchs, em entrevista ao New York Times, publicada justamente em 1982.
Foram necessárias quase duas décadas de trabalho após essa declaração para que a HBO encontrasse a fórmula do sucesso, que veio somente com Família Soprano. Lançada em janeiro de 1999, a série de David Chase não foi apenas inteligente, original, aclamada pela crítica e adorada pelo público, mas também uma experiência revolucionária tanto para a história da televisão, quanto da HBO. Ao atrair milhões de telespectadores por seis temporadas, o seriado demonstrou que o público estava pronto para dedicar seu tempo e sua atenção para um drama complexo, desde que ele fosse de qualidade.
A lição não passou em branco para a HBO, que tentou repetir o feito dos Sopranos nos anos seguintes com os premiados dramas A Sete Palmos (2001–2005) e The Wire (2002–2008), que acumularam prestígio e estatuetas no Emmy e Globo de Ouro, ainda que tenham ficado longe do domínio cultural atingido pela trama de Tony Soprano. Enquanto isso, o sucesso com o público veio por meio de comédias como Sex and the City (1998–2004) e Curb Your Enthusiasm (2000 – atual).
Os reveses (se a falta de um fenômeno absoluto pode ser chamada assim) não impediram a rede de televisão de continuar tentando e seus esforços foram pagos quatro anos após o fim da saga dos mafiosos de Nova Jérsei, quando a HBO apresentou ao mundo a série Game of Thrones. Inspirada nos épicos de fantasia de George R.R. Martin, a produção provou a força da TV linear em um momento em que as plataformas de streaming faziam o binge-watching parecer o único futuro possível, levando milhões de pessoas a assistirem juntas nas noites de domingo, ao redor do mundo, cada novo capítulo da trama de Westeros.
O sucesso, contudo, não significou que a HBO não está sentindo a mudança de ventos no horizonte televisivo. Enquanto pelo menos parte das plataformas está se rendendo ao modelo de lançamento semanal da emissora, a companhia está se entregando a uma nova forma de consumir TV: disponível há pouco mais de um ano no Brasil, a HBO Max reúne em seu catálogo todos os títulos da HBO, novos e antigos, incluindo todas as obras citadas neste texto até aqui.
Semana de homenagens a Verissimo
Tem início nesta terça a terceira edição da Semaníssima Luis Fernando Verissimo, que este ano traz a temática futebol e Copa do Mundo. A programação do evento começa com uma exposição que destaca as produções de Verissimo. São objetos, textos e livros que se conectam com o tema da edição, organizados no Espaço Luis Fernando Verissimo, na Torre Educacional da Unisinos (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1.600), com visitas de terça (8) a sexta-feira (11), das 8h às 22h. Outro destaque será o bate-papo que ocorrerá na quinta, às 20h, no Teatro Unisinos. O encontro contará com a presença de Frank Jorge, Giba Assis Brasil, Luciano Potter, Luís Augusto Fischer e Marcelo Dunlop. Na sequência, show da Marmota Jazz com Pedro Verissimo. Entrada franca.
Noite clássica
Com regência dos maestros Telmo Jaconi e Davi Coelho, a Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul executa nesta terça (8), às 19h, o concerto Construções Musicais. O espetáculo, que ocorrerá no Teatro CHC Santa Casa (Av. Independência, 75), contará com obras de G. Bizet, Gilberto Gil, Toquinho e outros. Um destaque da apresentação é a participação de três jovens regentes. Será um momento de trocas entre profissionais experientes com a nova geração da cena. Entrada franca.