- País registrou 1.349 mortes nas últimas 24 horas
- Até o momento, 238.617 pacientes se recuperaram dos sintomas da doença (40,9%)
- Rio Grande do Sul tem 258 mortes (13 nas últimas 24 horas)
O Brasil registrou 1.349 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas — novo recorde diário. Com isso, o total de mortes causadas pela covid-19 no país subiu para 32.548, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na noite desta quarta-feira (3). Segundo a pasta, 408 dessas mortes aconteceram nos últimos três dias. Nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados passou de 555.383 para 584.016.
Pela primeira vez, o balanço diário do impacto da pandemia no Brasil foi divulgado depois das 22h. Mais cedo, o Ministério alegou que o atraso se devia a problemas técnicos. Com a atualização, o Brasil é o país do mundo que mais registrou óbitos nesta quarta-feira (3) — os EUA tiveram 919 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
O levantamento também aponta 238.617 pacientes recuperados (40,9%) dos sintomas da doença e 4.115 óbitos que estão sob investigação. A maior marca diária de anotação de óbitos anterior foi registrada na terça-feira (2), quando 1.262 vítimas fatais foram indicadas no balanço do Ministério da Saúde.
São Paulo, epicentro da doença no país, ultrapassou as 8 mil mortes por coronavírus nesta quarta-feira. Nas últimas 24 horas, foram registradas 282 novas mortes, elevando o total para 8.276. O Estado acumula 123.483 casos confirmados. Em número de mortes, Rio de Janeiro (6.010), Ceará (3.605), Pará (3.245) e Amazonas (2.138) figuram logo abaixo de São Paulo.
No Rio Grande do Sul, 13 mortes pela covid-19 foram registradas no último dia. O Estado acumula 258 óbitos. O número de casos confirmados no Estado subiu para 10.398, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Transmissão comunitária intensa, segundo a OMS
O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou nesta quarta-feira que a transmissão comunitária de coronavírus continua intensa no Brasil e que o país é um dos que preocupam a OMS, ao lado do Haiti, da Nicarágua e do Peru.
— Quando a transmissão comunitária se instala, é muito difícil interrompê-la. Exige várias intervenções em conjunto, coordenação entre todos os níveis de governo, comunicação clara, adesão da população e decisões baseadas em conhecimento científico — disse ele.
Segundo a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, a experiência de países que foram mais afetados pela pandemia (como Itália ou Espanha) mostra que, quando a transmissão está fora de controle, é preciso priorizar os locais onde há mais concentração de vírus circulando: aqueles em que há mais contato entre as pessoas.