O governador Eduardo Leite atualizou, nesta quarta-feira (6), as projeções sobre o avanço do coronavírus no Rio Grande do Sul. Segundo ele, o pico da doença, no Estado, deve ocorrer no fim de junho.
— Estamos projetando para o final de junho o momento mais dramático — disse o governador, em entrevista ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.
Leite lembrou que, durante o inverno, o sistema de saúde já é pressionado no RS, devido ao aumento de doenças respiratórias. Mas ressaltou que está "confiante de que vamos conseguir atravessar o inverno". Além disso, destacou que a permanência em ambientes fechados propicia a proliferação do coronavírus e agrava o cenário.
— O que se tem muito receio, e não sabe como vai se comportar na região sul do Brasil, é o inverno. Estamos às portas do inverno, começando a esfriar. Junho, julho e agosto são meses que temos aumento de mortalidade, maior nível de internações por síndromes respiratórias, historicamente. E não sabemos como o coronavírus vai se comportar – avaliou Leite.
Junho, julho e agosto são meses que temos aumento de mortalidade, maior nível de internações por síndromes respiratórias. E não sabemos como o coronavírus vai se comportar
EDUARDO LEITE
Governador
Na próxima segunda-feira (6), vai entrar em vigor no Estado o novo modelo de distanciamento social, definido pelo Piratini. Com o formato, o governo espera liberar ou restringir atividades, em cada uma das 20 regiões do Estado, de acordo a proliferação do vírus e o uso de leitos de UTI. O status de cada região será atualizado semanalmente, aos sábados.
Quando os índices de contágio e uso de UTIs se agravarem, mais restrições serão automaticamente impostas na região. Por outro lado, quando os índices mostrarem que há redução de contágio e de uso de leitos de UTI, haverá liberação de atividades.