A confirmação de fechamento do comércio em regiões classificadas com bandeira vermelha ou preta no mapa do governo do Estado para enfrentar a pandemia do coronavírus desagradou a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS). O governo do Estado confirmou, em live transmitida neste sábado (9), que as restrições continuarão ocorrendo enquanto o Rio Grande do Sul estiver sob ameaça do vírus e que as bandeiras vermelha e preta seguirão impedindo que atividades não essenciais reabram em determinados locais.
Atualmente, apenas uma das 20 regiões do Rio Grande do Sul possui bandeira vermelha, onde fica a cidade de Lajeado. Passo Fundo estava na lista até este sábado, mas foi reclassificada em regras mais brandas. Não há bandeiras pretas ainda. O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, reclamou que os pedidos do segmento não foram atendidos pelo governo.
— Este é um decreto de demissões, de desemprego, de desligamento —desabafou.
O setor comercial pleiteava abertura reduzida dos estabelecimentos quando a região estivesse na cor vermelha. A medida manteria a segurança da população, mas preservaria a economia que, no momento, se encontra devastada, afirma Luiz Carlos Bohn.
— O comércio novamente não foi considerado uma atividade importante, ignorando o número de empregos — afirmou o diretor da entidade do setor, que contabiliza 1,6 milhão de vagas formais no Estado.
Outra crítica de Bohn está na limitação da quantidade de pessoas no espaço de lojas mesmo nas bandeiras mais permissivas, o que, afirma, desestimularia as empresas a manterem seus atendentes e vendedores para priorizar a presença de clientes. Conforme análise da Fecomércio à decisão do governo, na faixa amarela, há setores que poderão trabalhar somente com 25%, 50% e 75% de suas equipes.
— Qual empresa vai manter os colaboradores sabendo que não vai mais poder utilizá-los integralmente por um bom tempo? — questiona.