Correção: Porto Alegre não está em situação de emergência como dito nesta publicação entre as 18h18min e as 22h44min. O Ministério da Saúde apresentou, durante coletiva de imprensa, às 17h, todas as capitais com incidência com 50% ou mais acima da média nacional como "em emergência", mas, às 22h45min, a pasta alegou ter sido um erro na apresentação dos dados. O texto foi corrigido.
Porto Alegre é a 10ª capital do Brasil com maior índice de casos confirmados de coronavírus. A cidade tem 210 casos a cada 1 milhão de habitantes, enquanto a média nacional é de 111 casos por milhão de habitantes.
Durante apresentação na tarde desta segunda-feira (13), o Ministério da Saúde afirmou que Porto Alegre estava em situação de emergência. De acordo com a avaliação do governo federal, estavam sendo consideradas em emergência capitais que estão 50% acima da incidência nacional, que é de 111 casos por um milhão de habitantes. O secretário-executivo João Gabbardo dos Reis, por volta das 22h45min, corrigiu a informação. Segundo ele, para entrar nessa classificação, seriam necessários outros agravantes, como a falta de leitos.
— A forma como foi apresentado hoje será corrigida na coletiva amanhã (terça-feira). Foi um erro a forma de apresentação dos dados. Emergência é Manaus, Fortaleza. Não depende só do número de casos — explicou à reportagem.
O secretário-executivo cita Manaus como exemplo porque há incidência maior de casos e, junto a isso, não há leitos suficientes. Essa situação não se repete em Porto Alegre. A manifestação do secretário veio após pedido da reportagem para detalhar a situação de emergência.
O Rio Grande do Sul tem 58 casos por um milhão de habitantes — Amazonas, por exemplo, que lidera o ranking, tem 303 casos por um milhão de habitantes.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, o indicativo pode mudar de um dia para o outro, que não é estático.
Em relação às outras capitais, a incidência de casos confirmados em Porto Alegre acontece em velocidade menor em relação a semanas anteriores. A capital gaúcha chegou a ser a quinta com maior número de ocorrências da doença, e hoje está em 10º lugar.