No segundo dia de vacinação contra a gripe, postos de saúde da área central de Porto Alegre registram procura mais baixa pela imunização. Nas três unidades visitadas por GaúchaZH nesta terça-feira (24) entre 10h30min e 12h, não havia filas ou aglomerações.
No Centro de Saúde Modelo, no bairro Santana, tradicional ponto de procura por vacinação, o movimento era intenso de entrada e saída, mas não havia grupos de pessoas. Houve formação de fila por volta das 8h, mas, diferentemente da última segunda-feira (23), o fim da manhã foi de menor procura. Conforme funcionários, voluntários de cursos da área da saúde se ofereceram para ajudar a aplicar a vacina — assim, a espera é menor, evitando aglomerações.
A mesma situação foi registrada na unidade de saúde Santa Cecília, ao lado do Hospital de Clínicas. No local, havia poucas pessoas chegando por volta de 10h30min, embora algumas filas tenham sido registradas mais cedo.
Já no Centro de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico, cinco pessoas aguardavam do lado de fora por volta de 11h40min. Funcionários orientam a distância correta entre os pacientes.
Vacinação somente para profissionais da saúde
Nos primeiros dias de vacinação contra a gripe na rede pública — segunda e terça-feira —, o alvo da imunização na Capital são os profissionais da saúde. Eles podem se vacinar em qualquer posto de saúde.
A partir desta quarta-feira (25), a vacinação começa a ser oferecida para idosos somente em determinadas lojas das farmácias das redes Agafarma, Panvel e São João (veja lista abaixo). A medida foi tomada para evitar aglomerações e reduzir o risco de contágio por coronavírus entre idosos, que são grupo de risco para a doença.
A vacina contra a gripe não protege contra o coronavírus, mas é importante que os chamados grupos de risco sejam imunizados para diminuir o risco de infecção e complicações respiratórias. Neste ano em particular, a vacina é importante por outros motivos. Além de evitar que o sistema de saúde, já sobrecarregado por conta do coronavírus, tenha que lidar com pessoas com outras doenças, também evita a coinfecção (quando a pessoa contrai duas doenças ao mesmo tempo) e facilita diagnósticos.
Próximas fases
A segunda fase da campanha começa em 16 de abril e será focada em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (comorbidades), professores de escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento.
Em 9 de maio, começa a terceira fase, com a imunização dos demais grupos de risco: crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes; puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto); povos indígenas; pessoas de 55 a 59 anos; pessoas com deficiência; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos cumprindo medida socioeducativa; apenados; e funcionários do sistema prisional.
Na segunda e terceira etapas, a vacinação é feita nos postos de saúde. O término da campanha está previsto para o dia 22 de maio.
A imunização precisa ser feita anualmente porque a composição da vacina muda. Quem teve a dose aplicada no ano anterior não está imunizado para 2020.
A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar em Porto Alegre pelo menos 90% das 694.508 pessoas que compõem os grupos prioritários. Em 2018, foram 561.049 doses aplicadas na Capital. Em 2019, o número alcançou 866.620.