Correção: a máscara N95 também é chamada PFF2, e não FFP2, como publicado entre 16h39min do dia 14 de março e 15h31min de 16 de março. O texto já foi corrigido.
De uso recomendado apenas para pessoas com suspeita de infecção pelo coronavírus e por profissionais de saúde que vão atendê-las, as máscaras de proteção têm diferentes modelos. O mais comum é o cirúrgico, mas o considerado ideal para conter a contaminação pela covid-19 é o N95 ou PFF2.
A principal diferença entre as duas máscaras é o grau de proteção. Mais usada para prevenir a propagação de gripe e resfriados, máscara cirúrgica filtra partículas em apenas um sentido, retendo o que é emitido por quem a utiliza. Já a máscara chamada N95 ou PFF2 é capaz de garantir proteção em dois sentidos, porque tem um filtro de ar que bloqueia pelo menos 95% das partículas em suspensão e ajuda na proteção contra doenças por transmissão aérea, como o coronavírus.
Seu uso é recomendado especialmente para profissionais que lidam com pessoas infectadas. Para pessoas com sintomas, basta utilizar a máscara cirúrgica.
— A pessoa que está contaminada precisa usar máscara apenas por uma questão higiênica. É importante proteger os profissionais, que são as pessoas potencialmente expostas, com maior risco de adquirir. A N95 é como se fosse uma roupa mais grossa — explica Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O modelo é considerado semidescartável, já que pode ser utilizado mais de uma vez, desde que pela mesma pessoa. Por ser mais estruturada que a cirúrgica, a N95 exige alguns cuidados: pode ter sua funcionalidade comprometida caso seja dobrada ou amassada.
Mesmo com a confirmação de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul, não é necessário o uso indiscriminado de máscaras médicas como medida de proteção. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas que não apresentam sintomas da doença ou que não tiveram contato com infectados só devem usar máscara se forem atender alguém com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Quem esteve com pacientes suspeitos e apresentar sintomas como tosses e espirros deve utilizar máscara para evitar a propagação. Em situações como essa, é necessário procurar um serviço de saúde.
A OMS adverte que o uso das máscaras somente é eficaz se combinado com medidas de higiene, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão, durante 20 segundos, ou a desinfecção com álcool gel. Também é necessário aprender como colocar e descartar os equipamentos.
Máscaras médicas
Como usar:
- Antes de colocar a máscara, é fundamental que se higienize corretamente as mãos com água e sabão ou álcool gel.
- Cubra a boca e o nariz, certificando-se de que não há espaços entre o rosto e a máscara.
- Evite tocar a máscara enquanto a usa. Se isso acontecer, lave as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel.
- Quando a máscara estiver úmida, troque-a.
- Nunca reutilize a máscara.
Como retirar:
- Tire a máscara por trás (não toque na parte da frente).
- Descarte a máscara em um recipiente fechado.
- Após a retirada, lave as mãos com água e sabão ou faça a higienização com álcool em gel.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins: