O Aeroporto de Stuttgart, na Alemanha, está entre os locais afetados pelo apagão cibernético, que gerou atrasos e cancelamentos de voos em diferentes países nesta sexta-feira (19). De acordo com o gaúcho José Klein, que mora em Porto Alegre e foi para a Europa em uma viagem de férias, havia filas de pessoas esperando o check-in e ninguém sabia informar o motivo do problema.
O apagão foi causado por uma falha operacional na CrowStrike, empresa de segurança cibernética cujo software é usado pelo sistema operacional Microsoft Windows. A Microsoft afirma que a “causa subjacente” da interrupção em massa foi corrigida para seus aplicativos, mas o “impacto residual” continua afetando alguns serviços.
Klein pegaria um voo de Stuttgart para Copenhague, na Dinamarca. O gaúcho conta que o primeiro sinal de que algo estava errado surgiu quando estava esperando o trem da linha S-Bahn, que o levaria do hotel ao aeroporto:
— Depois de meia hora na estação, fui informado de que o trem não viria. Não sabiam explicar direito o motivo. Peguei um Uber e, ao chegar no aeroporto, foi um caos. (Havia) filas e filas de pessoas esperando o check-in, tudo parado e ninguém sabia o motivo.
Conforme Klein, o aplicativo da companhia aérea emitia uma mensagem, informando que estavam com problemas para marcar e remarcar voos. A primeira informação concreta que o gaúcho recebeu sobre o apagão veio do Brasil, por meio de um grupo do WhatsApp.
Segundo ele, alguns voos decolaram, o problema maior foi a logística e a falta de informações.
— Cada pessoa falava uma coisa diferente. Estavam completamente perdidos. Me mandaram para três terminais diferentes. Cada vez que chegava em um, mandavam para outro. A moça da companhia me encaminhou a uma central de voos de todas as empresas. Ao chegar lá, disseram estar sem sistema — relata.
Diante do imprevisto, que se prolongou durante horas, Klein decidiu cancelar o voo e informar a companhia aérea sobre o ocorrido. Também mudou seu roteiro e pegou um ônibus para Praga, na República Tcheca. Depois disso, deve ir para Budapeste, na Hungria.
— Chega de avião por enquanto. Nesse momento, ônibus é mais confiável do que trem e avião, dependendo do lugar — comenta.