O museu do Louvre, em Paris, teve 9,6 milhões visitas em 2019, um pouco menos do que em 2018, por sua vontade deliberada de receber melhor seus visitantes, informou a instituição nesta sexta-feira.
Em 2018, o Louvre recebeu 10,2 milhões de visitas, um aumento de 25% em relação a 2017 (8,1 milhões) e superando seu próprio recorde de 2012 (9,7 milhões). O número de 2019 é o terceiro melhor da história do museu da capital francesa. Para fins de comparação, o Brasil recebeu, em 2018, 6.621.376 turistas estrangeiros, segundo a base de dados do Ministério do Turismo — os dados de 2019 ainda não estão disponíveis.
— A mudança importante ocorreu no verão de 2018, em junho, julho e agosto, quando recebemos 20% menos do que a média em 2018, 600 mil visitantes a menos" — disse à AFP Jean-Luc Martinez, diretor do museu mais visitado do mundo.
A queda é explicada pela vontade deliberada do museu de limitar as visitas naqueles meses para torná-las mais agradáveis e, em alguns dias, o museu foi fechado, acrescentou o responsável.
— Somos o único estabelecimento cultural do mundo que seguiu esse caminho. Dissemos claramente às pessoas que queremos trabalhar juntos para melhorar a recepção e nem sempre receber mais pessoas, porque isso não seria possível — afirmou.
Segundo Martinez, nem as recentes greves nem as manifestações dos "coletes amarelos" tiveram um impacto significativo, porque a maioria dos visitantes são estrangeiros, principalmente americanos e chineses, e já haviam preparado suas viagens com antecedência.
O diretor do museu também parabenizou a si mesmo pela "façanha" de abrir um museu do Louvre na cidade de Lens, no norte da França, em uma área com poucas instalações culturais.
— Pela primeira vez desde que foi inaugurado, excederam o número de 500 mil visitantes em 2019 — disse ele.
Por sua vez, a filial do Louvre em Abu Dhabi conseguiu atrair 2 milhões de visitantes em dois anos, "um público asiático, especialmente indiano, que ainda não está na Europa", segundo o diretor.
* AFP