O primeiro teste da companhia aérea australiana Qantas dentro do Projeto Sunrise, que pretende conectar sem escalas a Austrália aos Estados Unidos e ao Reino Unido, foi concluído com sucesso. A aeronave que partiu do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, às 21h27min (22h27min no horário de Brasília) de sexta-feira (18) aterrissou no aeroporto Kingsford Smith, em Sydney, às 7h42min de domingo (20) no horário local (18h42min do sábado, 19, no horário de Brasília).
Ao todo, o voo percorreu 16.013 quilômetros em 19 horas e 15 minutos e foi utilizado pela empresa como um grande laboratório, a fim de avaliar a resposta de passageiros, pilotos e comissários ao teste físico de estar confinado em um avião durante um largo tempo. Cerca de 40 pessoas participaram da viagem, que superou a rota Singapura-Nova York, da Singapore Airlines, como a mais longa do mundo.
A comida do serviço de bordo, o sono dos passageiros e o cérebro dos pilotos foram monitorados ao longo da viagem. Por isso, o número de ocupantes foi limitado neste primeiro teste. As bagagens a bordo também foram reduzidas, para diminuir o peso da aeronave e estender ao máximo o alcance do avião.
Tudo isso porque a Qantas ainda não decidiu qual modelo fará as rotas do Projeto Sunrise quando o programa for oficialmente colocado em operação. No trajeto entre Nova York e Sydney foi usado um Boeing 787-9 Dreamliner. Até o final do ano, a companhia aérea deve definir os detalhes da operação, que prevê o início dos voos comerciais até 2022.
A empresa ainda realizará outros dois voos de teste. O trajeto entre Londres, no Reino Unido, e Sydney deverá ter duração ainda maior, chegando a 20 horas e 30 minutos de percurso. Uma vez estabelecido, o Projeto Sunrise deve focar no passageiro corporativo, disposto a pagar mais por um voo que lhe poupe o tempo de uma escala em um aeroporto no meio do caminho.