Caminhando pelo Symphony of the Seas, o novo maior navio de cruzeiro do mundo, é comum o capitão Rob Hempstead ouvir dos passageiros: "Se você está aqui, quem está dirigindo?". Pois saiba que há uma equipe grande que toma conta da rota e da segurança de todos a bordo, para que o capitão não precise estar o tempo todo na Ponte, como é chamada a sala de controle, onde se "dirige" o navio. A quantidade de pessoas por lá varia conforme a situação, como se há tráfego de outras embarcações ou se estão próximo à terra firme. Geralmente, ficam três durante o dia e quatro à noite – às vezes, esse número chega a sete.
Estive na Ponte para uma conversa rápida com o capitão Rob, americano que trabalha há 18 anos na Royal e já esteve navegando pelo Brasil cerca de três anos atrás com o Rhapsody of the Seas.
A sala escura (para facilitar a visibilidade) fica no deck 12 do navio, com vista para a proa, onde há um heliponto usado somente para emergências. Em vez do tradicional leme, há um cockpit central com duas cadeiras e dezenas de monitores que acompanham cada detalhe da embarcação (parece a sala de comando de uma nave espacial), além de duas "asas" nas laterais, onde são feitas as manobras.
Falando em manobras, Hempstead ressalta que não existe piloto automático como nos aviões – tudo é feito à mão – e garante que, apesar de gigantesco, o Symphony pode virar com impressionante rapidez.
A Ponte, obviamente, tem acesso restrito a funcionários autorizados. Quem quiser fazer uma visita pode comprar a All Access Tour, que o leva aos bastidores da embarcação. Se preferir não gastar, é possível conversar com o capitão Rob em encontros promovidos com os passageiros pelo navio (o sistema de som geralmente avisa onde e quando encontrá-lo).
Leia as outras duas partes desta reportagem:
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