Visito Florianópolis com frequência desde sempre, pois toda a minha família por parte de mãe é da Costeira, no sul da ilha. Talvez por estar acostumada com a cidade e por priorizar passar tempo com os parentes, não conheça tudo o que gostaria da capital. Um destes lugares é a Praia de Naufragados.
Para resolver esse problema, consultei o jornalista Ronaldo Inácio, que esteve por lá. Ele e o amigo William Thomsen foram pela primeira vez ao recanto de belezas naturais e voltaram cheios de dicas. A primeira dica pode até ofender de tão óbvia, mas é melhor avisar. Use roupas leves, esportivas e um bom tênis.
Confira fotos feitas por leitores em Florianópolis:
- Recomendo a trilha, vale muito a pena. Há muitos obstáculos, muitas subidas e descidas. Leve também a câmera digital ou o celular para registrar e filmar as belas imagens. Se você vai fazer só a trilha e passar pouco tempo na praia, basta levar apenas água e frutas para comer no caminho - aconselha Ronaldo, que é de Rondônia e se empolgou com os atrativos de Floripa.
Ronaldo e William decidiram conhecer Naufragados em uma tarde ensolarada.
- Muitos colegas já tinham comentado que o caminho era bonito e que a praia é um paraíso. Isso tudo pode ser comprovado em 50 minutos de caminhada, por uma mata fechada, com vários obstáculos da natureza, classificados como "sem dificuldade" em vários sites. Na trilha, é possível observar uma pequena queda de água e alguns lagos com água transparente, rodeados por rochas, muito verde e ar puro - descreve Ronaldo.
Segundo ele, a melhor parte é a praia:
- O local é isolado e sem muitas casas. Ideal para passar o dia com família ou amigos.
A parte do passeio que Ronaldo mais gostou foi o lago que há na faixa de areia da praia:
- Foi o meu local preferido. Ali, tomei banho de sol e fiquei batendo papo por horas. Não era uma hidromassagem, mas saí de lá relaxado.
A praia fica distante 42 quilômetros do centro de Florianópolis. Além da trilha, o acesso pode ser feito pela costa. Quem for de carro até a entrada da trilha pode deixar em um dos estacionamentos.
Em 1753, naufragaram duas embarcações que traziam 250 açorianos do Rio Grande do Sul. Destes, apenas 70 sobreviveram, e parte deles passou a viver ali. Daí o nome de Naufragados. A praia está em área de preservação do Parque Estadual do Tabuleiro. Não há pousadas, hotéis ou campings, e a única opção é o acampamento selvagem. Há apenas alguns restaurantes, onde se pode saborear comida caseira feita pelos moradores.