Há outros caminhos para visitar as praias gaúchas sem utilizar a freeway (BR-290), principal ligação entre a Região Metropolitana e o Litoral Norte. A rodovia costuma apresentar congestionamentos em datas comemorativas do final do ano e nos fins de semanas do verão.
No último domingo (17), o grande fluxo de veículos causou a habitual lentidão no retorno à Região Metropolitana após o feriadão de Proclamação da República. Somado a isso, uma cratera na rodovia agravou a situação e deu origem a um congestionamento que ultrapassou 40 quilômetros.
Zero Hora lista abaixo algumas das rotas que podem ser opções para evitar a freeway:
RS-030
A rodovia liga a Região Metropolitana ao Litoral Norte desde antes da construção da freeway. Hoje é uma via secundária para os motoristas. Ela tem início em Gravataí e acaba em Tramandaí. De Porto Alegre, pode ser acessada pela Zona Norte ou por vias de Canoas, Cachoeirinha e Gravataí. Também é possível usar a freeway para chegar à rodovia.
Na volta, a RS-030 pode ser encontrada por quem usa a Estrada do Mar (RS-389) e a BR-101. A rodovia não tem pedágios. A pista é simples em quase todo o deslocamento.
Conforme o raio X das estradas feito por Zero Hora no início do mês, o asfalto da RS-030 apresenta pontos com desgastes, rachaduras, remendos e desníveis em Gravataí, Santo Antônio da Patrulha e Osório. Os trechos urbanos apresentam boas condições nessas cidades, assim como em Tramandaí.
Há dois controladores de velocidade, em Santo Antônio da Patrulha e Osório. A falta de acostamento é um dos principais problemas da rodovia, administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
RS-040
Outra opção à freeway é a RS-040 (ou Tapir Rocha), que começa na divisa entre Porto Alegre e Viamão e segue por 95 quilômetros até Balneário Pinhal. A rodovia tem um pedágio, no km 19, em Viamão, que custa a partir de R$ 6,30.
Para quem deseja praias mais ao norte do litoral, é possível acessar a BR-101 a partir de Capivari do Sul. Na volta, o motorista chega à RS-040 pela BR-101, RS-784 e RS-786 (Interpraias).
Conforme o raio X de Zero Hora, o asfalto da RS-040 está em bom estado em todo o trecho; a exceção é a parte urbana de Viamão, nos 11 primeiros quilômetros. Após o viaduto sobre a RS-118, o acostamento é utilizado como faixa adicional até o km 26. Depois desse ponto até o litoral, a pista é simples em ambos os sentidos. Isso é apontado por usuários como o principal motivo para os congestionamentos em momentos de grande fluxo de veículos no verão.
— Com a interrupção da freeway, já observamos um aumento no volume na RS-040. É uma situação (a cratera) que estamos acompanhando. Teremos mais pessoas no papa-fila (cobrança antecipada para reduzir a espera) para que o pedágio não seja um transtorno. Recomendamos acompanhar em tempo real (veja aqui) como está o trânsito para saber qual o melhor horário — diz Luis Fernando Vanacôr, diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que administra a maior parte do trecho.
RS-020 e RS-453
O deslocamento por essas vias é indicado para praias mais ao norte do RS, como Torres e Arroio do Sal. Quem estiver em Porto Alegre pode sair da Capital pela RS-020 por Cachoeirinha. O motorista seguirá na via até Tainha, em São Francisco de Paula, na Serra, onde é possível acessar a RS-453 (Rota do Sol).
Em Terra de Areia, já no Litoral Norte, o motorista tem a opção de seguir para o norte ou sul pela BR-101 ou em sentido ao mar pela RS-486. Não há cobrança de pedágio.
RS-020, RS-239, RS-474 e RS-030
Essas rodovias passam por municípios da Região Metropolitana e Vale do Paranhana. Quem estiver em Porto Alegre, pode sair da Capital pela Zona Norte e acessar a RS-020 por Cachoeirinha (ou usar a freeway até esse ponto).
O motorista seguirá pela rodovia até Taquara, onde deve pegar a RS-239 e seguir até o acesso à RS-474. Há um pedágio no km 20, em Santo Antônio da Patrulha, que custa a partir de R$ 6,30. No município também há a ligação com a RS-030, que continua até Osório, já no Litoral Norte.