Os salvamentos realizados pelos guarda-vidas no Rio Grande do Sul nesta temporada caíram 77,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os primeiros dias da Operação Verão — desde o primeiro dia, 17 de dezembro, até esta segunda-feira (26) —, somam 13 resgates, contra 58 nos mesmos dias de ação em dezembro de 2021.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os principais motivos são as condições de banho. O mar agitado, água gelada e o efeito "chocolatão" têm feito com que o número de banhistas diminua. Mas o volume de pessoas na praia, de uma forma geral, é praticamente o mesmo do que há um ano.
O coordenador da Operação Verão, coronel Isandré Antunes, ressalta que, dos 13 casos até agora, nove são no Litoral Norte, três em águas internas e um no Litoral Sul. Nos primeiros dias de monitoramento em dezembro do ano passado, o Litoral Norte tinha 40 registros, as águas internas tinham 15 e o Litoral Sul outros três.
Apesar da redução, Antunes ressalta que o alerta aos banhistas é feito diariamente, sendo que já foram realizadas 8,1 mil ações preventivas e ainda foram encontradas 24 pessoas desaparecidas.
Os dados são considerados importantes por dois motivos: um deles é a atenção total para o Ano Novo. O outro, é fato de que houve uma redução de quase 10% no número de guarda-vidas em comparação com a Operação Verão passada. Atualmente o efetivo é de 916 pessoas.
Afogamentos
Os guarda-vidas não registraram mortes por afogamento nesta temporada em locais e horários de monitoramento. No mesmo período do ano passado, também não houve casos. Os dados são relativos a todas as áreas do Rio Grande do Sul em que há efetivo: 185 guaritas no Litoral Norte, 19 no Litoral Sul e 20 em águas internas.
Por outro lado, Antunes lamenta que cinco pessoas morreram afogadas desde o dia 17 deste mês em águas internas do Estado, mas todos os casos em pontos sem cobertura da Operação Verão. Sobre este tipo de registro, o comandante não fez comparação com 2021, em dezembro, porque são muitos fatores que precisam ser analisados para que seja comprovado um óbito por afogamento.
Os dados ainda revelam que houve 308 registros por pessoas atingidas por água-viva no litoral neste verão. Por causa da água gelada e maré agitada, que afasta os banhistas, o número também é inferior ao mesmo período da temporada passada, quando foram registrados 1,4 mil casos.