A sexta-feira (14) é marcada por céu limpo e muito calor em Arroio do Sal, no Litoral Norte. A beira da praia recebia bom público às 11h30min, mas ainda havia espaço na faixa de areia para quem buscava um lugar mais reservado.
Era o caso da família Alberton, de Veranópolis, na serra gaúcha: o casal e os filhos colocaram as cadeiras atrás da guarita 38 dos guarda-vidas.
— Praia é isso, em família. Já viemos para cá desde que nossos filhos, que hoje são adolescentes, eram crianças — conta o comerciante Dacir Alberton, 55 anos.
O termômetro marcava 27°C próximo ao meio-dia, muito diferente dos 44°C que Diego Brandão diz ter enfrentado na quinta-feira (13) em Encantado, no Vale do Taquari. Ele, o pai e o irmão levaram para a praia uma cachaça artesanal da colônia, misturada com suco de abacaxi, pedaços da fruta e gelo.
— Com isso dá pra ficar o dia todo na praia. Se dá ressaca? Só ir dormir depois — se diverte Diego, montador de esquadrias, de 29 anos.
O mar em Arroio do Sal estava, durante a manhã, com aspecto mais escuro do que o visto pela reportagem na quinta-feira em Torres. A água, gelada, facilita o trabalho dos guarda-vidas, garante o sargento Eurico de Assis Brasil, 34 anos.
— É minha oitava temporada em Arroio do Sal. E percebo que nesse verão tem muito mais gente do que nos últimos quatro anos — opina.
A bandeira era amarela, que exige cuidado dos banhistas que encararem as ondas frias.
De Caxias do Sul, o representante comercial Carlos Becker, 64 anos, buscava sossego na praia. Diz ser difícil encontrar noites sem barulho na área central da cidade, "a cada ano mais movimentada", como diz esposa, a professora Adriana Minghelli Becker, 59.
— A gente procura não estar em aglomeração, aqui com nossas cadeiras distantes. E o principal, fugimos da onda de calor — comemora a docente.